2003/07/18

Ooooh!

Então não é que, depois de vos ter aconselhado a todos a ler as crónicas de sexta feira, no "Público", de João Bénard da Costa, ele hoje não escreve nada? Pelo menos no site não consta nada (não comprei o jornal em papel, porque à sexta sou "Independente-dependente" - engraçada, esta).

Depois de escrever o post de ontem, fiquei a pensar na personagem; sabemos que é um assumido apaixonado da Serra mãe, a que volta sempre, e foi lá que eu tive o grande privilégio de o conhecer - provavelmente ele já não se lembra de mim, mas eu lembro-me bem dele, o que não deixa de fazer sentido.

Era uma daquelas conferências de Verão, no convento (pode-se lá pensar em cenário mais idílico?), e o tema era "A arquitectura, a cidade e o cinema". O curso era comissariado por Bénard da Costa, e eram-nos prometidas as presenças de Almodôvar, Wenders, e Jim Jarmusch (se nunca viram, não percam "Noite na terra"). A babar-me, lá fui.

Os grandes nomes não apareceram. Minto; apareceu Bénard da Costa, maior do que todos eles. E agora, a minha noite de êxtase; num dos dias, era suposto ficar para jantar no convento (roam-se de inveja...), porque haveria projecção a seguir. E onde é que os meus amigos pensam que fiquei? Pois, os deuses mexeram uns "cordelinhos", e sentei-me em frente ao Mestre, himself.

Esmagado pela grandeza do homem, nunca consegui vencer a minha patológica timidez, mas ainda consegui arranjar coragem para lhe relembrar um nome que lhe escapava: então não é que ele não se lembrava que n'"A mulher do lado", de Truffaut, quem contracenava com Gérard Dépardieu era a bela Fanny Ardant?

Tive a gratificante surpresa de saber que um dos meus filmes preferidos, era também um dos filmes preferidos da maior sumidade do cinema em Portugal (ia dizer do mundo, mas depois soava demasiado a "lambe-botas").

Esta história não terá grande interesse para os leitores, presumo, mas são pequenas coisas destas que me vão alimentando o espírito e o ego.

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