Não é a primeira vez que falo do PSD, e provavelmente não será a última, mas a culpa é só deles, que não conseguem deixar de me surpreender. A sanha com que alguns militantes (quase sempre os mesmos, Pacheco Pereira, o "Professor" Marcelo, o Sr. Silva...) se lançam contra quem está na direcção do partido em cada momento faz-me lembrar aquela história do tipo que está empoleirado na árvore, a serrar o ramo sentado na sua ponta, a parte precisamente que vai cair. No entanto, quando conseguem o desiderato de afastar quem lá está e chega a altura de poderem provar, através da sua candidatura, quais as vantagens que podiam trazer para o partido, todos metem as mãos nos bolsos e assobiam para o ar. Mas, pelo canto do olho, vão espreitando as candidaturas, na certeza de que, mal chegue nova vítima ao poleiro, se atirarão a ela qual matilha esfomeada. Um exercício perverso e certamente digno de mais aprofundados estudos, designadamente sobre as pulsões suicidas que levam os próprios militantes a atacarem mais ferozmente o seu partido do que os outros.
De qualquer forma, esta demissão mais ou menos extemporânea de Menezes trouxe-nos a higiénica vantagem de nos passar a poupar a figuras surpreendentes e desconcertantes, como o improvável Ribau Esteves ou Marco António, este com o seu novo look "Zara" apprés la lettre.
Davam grandes passeios pelo jornal
Há 1 hora