Na sua edição de ontem, o
"Semanário Económico" apresenta os resultados de uma nova sondagem de opinião relativa às eleições que terão local este ano. Como são forretas, no
link para a notícia não incluiram os resultados da dita auscultação, para obrigar os curiosos a comprar o jornal, mas o
"Margens de Erro" fez-nos o favor de
transcrever o que lá vem escrito, que reproduzimos com a devida vénia:
PS: 39,6%
PSD: 24,9%
CDU: 11,9%
BE: 10,1%
CDS-PP: 9,7%
Três notas breves sobre o assunto, uma específica e duas genéricas, se bem que todas factuais e não subjectivas:
1. Como bem nota o autor do
post linkado, o trabalho de inquirição terminou a 23 de Janeiro, pelo que não poderá reflectir o evidente decréscimo de confiança, justo ou injusto, que o "caso Freeport" e as "forças ocultas" trouxeram ao primeiro ministro e, por arrastamento, ao seu governo;
2. Desde sempre que nas sondagens o BE surge com uma simpática votação, que em muitos casos lhe dá a terceira posição nas preferências dos eleitores, mas nunca, na sua curta carreira, atingiu melhor que o quinto lugar em eleições - sempre a considerável distância do quarto, normalmente menos de metade;
3. Ao invés, o CDS é normalmente "massacrado" nas sondagens, onde amiúde surge com votações residuais de 2 ou 3%, para gáudio do exército de carpideiras que salivam com este tipo de exercícios. Contudo, e felizmente, na realidade o partido oscila entre o terceiro e o quarto lugares no escalonamento das forças políticas em Portugal, e obtém sistematicamente votações bastante superiores às sondagens - em alguns casos, como recentemente nos Açores, quase o triplo do anunciado. E não me lembro de uma única ocasião em que o resultado efectivo do partido tenha sido inferior a qualquer sondagem que tenha visto antes.