São engraçadas as empatias que por vezes, sem querer, se geram. Às pessoas que não conhecem, sempre tenho utilizado a expressão "um murro no estômago" para definir o filme "O quarto do filho", de Nanni Moretti. Agora, o
"Público", na publicidade que antecipa o próximo lançamento do filme, Quinta-feira que vem, utiliza precisamente essa mesma expressão para designar a citada obra-prima.
Escusado será dizer que este é, novamente, um DVD imperdível, assim como o era o de ontem, "O fabuloso destino de Amélie" (a propósito, na semana passada enganei-me ao dizer que o
Café Trois Moulins, onde "trabalhava" Amélie Poulain, se situava no bairro parisiense de
Montparnasse, quando na realidade se situa em
Montmartre; as minhas desculpas pelo lapso). Não vos avisei ontem, primeiro porque tive pouco tempo para vir aqui, e segundo porque me parece que já não deve ser preciso - quem gosta de bom cinema, já não se deve esquecer.
Aproveitando a embalagem, e como sei que este blog é razoavelmente visto a partir do jornal "Público", aqui aproveito para deixar uma "cunha" para que a "colecção Y" seja prolongada com uma terceira série, e até tenho o atrevimento de sugerir alguns filmes que, na minha modesta opinião, mereceriam publicação:
"Cinema Paraíso", de Giuseppe Tornatore (versão
uncut);
"O
cowboy da meia noite", de John Schlesinger;
"A mulher do lado", de François Truffaut;
"
Trainspotting", de Danny Boyle;
"O carteiro de Pablo Neruda", de Michael Radford;
"Toda a gente diz que te amo", de Woody Allen;
"Agosto", de Jorge Silva Melo;
"Lua de mel, lua de fel", de Roman Polanski;
"Quatro casamentos e um funeral", de Mike Newell;
"E a tua mãe também", de Alfonso Cuarón;
"Saltos altos", de Pedro Almodôvar;
"Corte de cabelo", de Joaquim Sapinho;
"Às segundas ao sol", de Fernando Léon de Aranoa;
"Cães danados", de Quentin Tarantino;
"Noite na terra", de Jim Jarmusch;
"
The commitments", de Alan Parker;
"O monstro", de Roberto Benigni;
Bom, vamos ficar por aqui, porque isto é como as cerejas: enquanto escrevo o nome de um, já me estou a lembrar de mais dois ou três, e, por este andar, nunca mais parava! De qualquer forma - e sem nenhuma garantia de que esta sugestão seja seguida pelo "Público" - convido os meus leitores a deixarem, nas caixas de comentários (se elas funcionarem), mais sugestões de filmes que os marcaram, e que gostariam de possuir.
P.S.: Não sei se repararam, mas aquela conversa de sugerir estes filmes ao "Público" serviu apenas como pretexto para este exercício de catarse, de mencionar filmes de que gosto. Quer eles os publiquem ou não, penso vir a adquiri-los a todos, e a muitos outros, ainda que paulatinamente.