A história é velha mas repete-se sempre; Fernando Nogueira, Ferro Rodrigues ou Marques Mendes sabem contá-la bem. Mas há sempre ingénuos para cair nela.
To cut a long story short, nos períodos em que é pouco previsível que os partidos cheguem perto do poder, surge fatalmente alguém cheio de ambição e ingenuidade que pensa que vai fazer a diferença, e impor um novo rumo até às próximas eleições. Depois, quando se apercebe que apenas serviu para "cozer em lume brando", revolta-se contra o sistema de que voluntariamente fez parte e, numa estratégia de lémingue, apenas passa a acreditar na fuga em frente.
Como já alguns terão percebido, falo de Ribeiro e Castro; numa primeira fase, pós anúncio de candidatura à liderança de Paulo Portas, pensou que iria vender cara a pele, e até acreditou, nos seus sonhos cor de rosa, que se poderia manter líder do partido. Depois, ao ver os ratos, que antes o idolatravam, a abandonar o barco, percebeu que a sua única dúvida existencial seria se perderia o partido em directas, com 10%, ou em congresso, com 20%. Nessa altura, em desespero de causa, regrediu aos piores tempos da sua infância e pensou: "se não pode ser para mim, não será para ninguém!". E, na impossibilidade de deformar o partido com um ataque de ácido sulfúrico, resolveu destrui-lo por dentro com patéticas e desesperadas manobras que apenas visam protelar o seu inevitável declínio - uma política de terra queimada, muito aquém do que se pensaria ser expectável de alguém com este tipo de formação.
Só não esperava, confesso,que Maria José Nogueira Pinto se prestasse a este tipo de comportamentos perversos e manipuladores. Mas a senhora ainda não esqueceu o congresso de Braga em 1998, e acha que a vingança é um prato que se serve frio - e não se importa de prejudicar milhares de militantes e simpatizantes, na sua sanha de repôr a (sua) justiça.
Dignidade, por onde é que andas?