Este assunto será, porventura, o mais sério e aquele sobre o qual mais me custou escrever até hoje.
Voltei a encontrar hoje, em Pedrógão Grande, o meu amigo L., que já não via há mais de um ano - não o via, mas tive notícias suas entretanto, e não eram nada boas: um amigo comum contou-me que, à filha de L., tinha sido diagnosticada leucemia. É uma rapariga de dezasseis anos, mas, infelizmente, não é o único caso que conheço na minha lista de amizades mais próximas - com as mesmas idades, aproximadamente!
Tinha algum receio de voltar a encontrar L., por não saber como se encontraria psicologicamente, e como estaria a reagir à notícia. Mas ele, depois de me abraçar, sorriu (um sorriso triste...), e disse apenas: "agora, temos que viver um dia de cada vez...". Será uma frase banal, para muitos, mas a mim - não tenho vergonha de o dizer - fez-me chorar!
Ora bem, a verdade é que existem, no nosso país, formas de ajudar quem padece destas maleitas; uma das mais óbvias, é a dádiva regular de sangue. Mas, para o caso específico da leucemia, há também uma outra forma de auxílio: através do transplante de medula óssea. Não é um processo complicado, nem tampouco doloroso, e requer apenas alguma disponibilidade de tempo: meio dia para fazer os testes de compatibilidade (basicamente recolha de sangue) e, caso se seja seleccionado, cerca de 24 horas de internamento para a recolha da medula propriamente dita. Em Portugal, os eventuais voluntários deverão contactar o CEDACE-Registo Português de Dadores de Medula Óssea, que fica em Lisboa, no n.º 130 do Campo Santana, e que tem os telefones n.ºs 218823534/5. Em caso de subsistência de dúvidas, por favor não hesitem em contactar-me via e-mail, e eu, dentro das minhas modestas possibilidades e conhecimentos da questão, tentarei responder-vos e encaminhar-vos.
O que peço não é para mim, pelo menos directamente; mas, se ao menos um dos meus leitores sentir, ao ler estas linhas, um impulso para dar esse passo, já terá valido a pena este post!
Não é garantido que a nossa disponibilidade possa salvar alguém, pois as probabilidades de compatibilidade são baixíssimas, mas, se todos dermos um pouco de nós, ajudaremos decerto a deixar um mundo melhor aos nossos filhos - meditem nisto por uns minutos, é só o que vos peço!
Davam grandes passeios pelo jornal
Há 1 hora