1. Sócrates, ao ser confrontado com os óbvios indícios de irregularidades no caso Freeport, que agora voltam à baila, achou que o mais importante a destacar era o facto de o aparecimento de novos dados suceder normalmente em anos eleitorais. Das duas uma: ou acha que a sua oposição manipula o Ministério Público, ou acha que este é oposição ao PS. Uma e outra a raiar a paranóia, diga-se de passagem.
2. Ontem foi novamente votado na Assembleia da República um projecto de Decreto-Lei apresentado pelo CDS visando a suspensão do actual sistema de avaliação de professores, e a sua substituição por um modelo mais justo. O PS, que quando todos olham para a lua prefere olhar para o dedo que aponta, achou que a congregação de esforços de toda a oposição, e até de alguns deputados seus, em defesa desta proposta, constituia uma estranha aliança contra o governo. Ou seja, pouco lhes importou o conteúdo da coisa, mas sim a forma. Como se fosse verosímil esperar que o BE ou o PCP votassem ao lado do CDS apenas para fazer o jeito a este último, mesmo que não acreditassem ou concordassem com a matéria da votação.
O último de que nos lembramos assim, começou por ver fantasmas - que por acaso até lhe dava jeito ver - e acabou por se "refugiar" na ONU.
Davam grandes passeios pelo jornal
Há 1 hora