Penso que as grande companhias de comunicação móvel do nosso país devem gastar fortunas obscenas em publicidade aos seus produtos. Mas, nessa disputa titânica, há uma que se destaca especialmente: as campanhas da Optimus são do mais paupérrimo e piroso que pode haver.
Desde spots redundantemente óbvios e cenas de humor mais que forçado, até plágios descarados, de tudo existe um pouco. Lembram-se dum anúncio da Optimus em que diversas personagens, sem falar, mostravam painéis em que estava escrito aquilo que lhes ia, supostamente, na mente? Pois bem, essa campanha foi descaradamente decalcada de uma campanha anterior de promoção do VW Golf IV, e esse plágio provavelmente só não teve mais consequências porque esses publicitários falhos de imaginação tiveram a sorte de essa campanha (a da VW) não ter sido exibida em Portugal (pelo menos que eu me lembre).
Mas é tudo mau nas campanhas da Optimus? Não, respondo eu; há alguém competente ali, um oásis num deserto de ideias. É o tipo que escolhe a música: antes era ao som dos excêntricos e fabulosos Mercury Rev que os figurantes ou o locutor debitavam banalidades. Agora, o som é o dos não menos brilhantes dinamarqueses Mew. Quais Dandy Wahrols, qual quê - música boa é nos anúncios da Optimus!
Destoa ouvir um som de qualidade num anúncio tão fraco, mas é bom de ouvir. Está bem, concedo que há o risco de banalizar músicas lindas, mas, afinal, é só um trechozinho. Temos o resto do CD todo, virgenzinho, não conspurcado, só para nosso deleite, não é?
Quando houver nova campanha da Optimus, vejam-na com ouvidos de ouvir; isto se o tipo que escolhe a música não tiver sido entretanto despedido, por não conseguir manter o nível geral da equipa!
2003/07/25
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