2003/08/29

BD

A banda desenhada nunca foi propriamente o meu forte, mas, mesmo assim, houve personagens e autores que me marcaram. Lembro-me de comprar o "Tintin" ("revista para os jovens dos 8 aos 88 anos") em fascículos a suivre, e de ler todos os meses, na secção do "correio dos leitores", acesas polémicas sobre a qualidade de Corto Maltese, de Hugo Pratt; havia quem o achasse genial, e quem dissesse que não passava de um embuste, desenhado "às três pancadas". Hesitei na minha apreciação durante anos, e só mais tarde, na faculdade, o Miguel Mira me conseguiu mostrar a genialidade do traço.

Mas havia uma outra personagem, esta dos comics americanos, que sempre me fascinou pela singeleza do traço, pela inovação nas perspectivas e até pela inverosimilhança dos próprios argumentos: refiro-me ao Spirit, de Will Eisner. Por que raio é que eu me fui lembrar disto agora?

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