Ana Sá Lopes diz-nos que "afinal, o Umbigo é um bronco"; não nos são prestados mais esclarecimentos sobre os motivos que levaram A.S.L. a esta conclusão, mas penso que não andarei muito longe da verdade se presumir que tal se ficou a dever a um deslize para a brejeirice do U., ao sugerir que Filipa Melo deveria levar o seu VW Polo à "oficina camoniana", e aí ser "assistida" pelos respectivos mecânicos.
Também eu fiquei um bocadinho desiludido, confesso, mas daí a achar que o autor (ou autora) daquela prosa é "bronco", ainda vai um passo razoável - e o que fazer a todos os escritos brilhantes que já postou? Compreendo que U., algo deslumbrado com a boa recepção que teve na blogosfera com os seus primeiros posts, tenha sentido a tentação de "esticar um pouco a corda". Mas Pipi há só um - as cópias (e elas também abundam na blogosfera) já não são admissíveis.
Também há outro problema subjacente às estreias fantásticas: é que depois é muito difícil manter o nível. Isto verifica-se frequentemente, por exemplo, na música; por mais álbuns que Grant Lee Buffalo publique (enquanto vos escrevo, estou a ouvir "Copperopolis", que também é excelente) nenhum chega ou chegará aos calcanhares de "Fuzzy", a sua estreia mágica em 1992, se não me engano. E também podem perguntar a Possidónio Cachapa se tal não é verdade; os seus livros recentes são muito bons (ainda há pouco terminei "O mar por cima"), mas parece-me difícil que alguma vez venha a conseguir atingir o nível estratosférico de "A materna doçura"!
2003/08/28
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