2003/08/21

Either you're with us, or you're with the terrorists!

A dicotomia esquerda direita volta a agitar a blogosfera, mas agora convenientemente - para alguns - maquilhada de uma maniqueísta divisão entre "pacifistas" e (so called) "belicistas".

De um lado os "pacifistas", que advogam o recurso a outro tipo de iniciativas que não a força para travar o terrorismo - "esquecem-se" de dizer quais - e que "conseguem compreender" as fantásticas motivações que levam uma pessoa a fazer-se explodir num autocarro cheio de crianças, ou a atacar um local onde sabe que se encontra a funcionar uma organização pacifista. Estes supostos paladinos da paz, à falta de outros recursos, tentam justificar o injustificável, com a provável revolta que deverão sentir os palestinianos ou iraquianos (já para não falar de bascos ou tchetchenos) ao verem ocupadas as suas terras. Apresentam então os actos terroristas como iniciativas isoladas de algumas pessoas desesperadas, que acreditam que, com a sua imolação, conseguirão melhorar a qualidade de vida dos seus pares.

Pois bem; tenho novidades para estes puristas; os actos terroristas que conhecemos são obra de maquiavélicas e complexas teias, de composição equivalente, e até mesmo superior, a muitos exércitos conhecidos. Ou acreditarão que o camião betoneira que deflagrou há dois dias em Bagdad era propriedade de um popular iraquiano que, farto de não ter nada que fazer, resolveu fazê-lo explodir contra a sede da ONU, para assim mostrar o seu "descontentamento com as forças imperialistas"? Quanta ingenuidade...

Ora, um exército não se combate com flores, para mais quando usa como arma a cobardia, que é a imagem de marca do terrorismo. Nenhuma causa, por mais justa que possa parecer na origem, sobrevive a um acto terrorista. Os palestinianos tinham razão? Perderam-na toda - toda! - no seu primeiro acto terrorista; e isto é válido para quaisquer outras causas que recorrem ao terrorismo. Definitivamente!

Talvez estes "utópicos" não saibam ou não acreditem, mas eu - e acredito que comigo a maioria das pessoas que defendem o recurso à força para travar o terrorismo - sou a favor da paz. Tanto ou mais que qualquer pessoa; mas também sou pai, e sei que o mundo melhor que quero deixar ao meu filho tem um preço!

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