2003/08/07

Pena de morte

Como todos já devem saber, foi esta manhã condenado à morte por fuzilamento o indonésio Amrozi, por se ter considerado provado o seu envolvimento no atentado que, há quase um ano, vitimou mais de duzentas pessoas numa discoteca de Bali.

Já aqui disse várias vezes: não concordo com a pena de morte. Contudo, neste caso específico, admito que ela tem uma função pedagógica, pois servirá de exemplo para outros potenciais assassinos fundamentalistas. É triste para o desgraçado que vai morrer - aliás, ele parece não achar, pois sorriu até quando ouviu a sentença - mas decerto outros radicais semelhantes poderão vir a pensar duas vezes.

Bem sei que se diz que os fundamentalistas islâmicos não temem a morte, mas não me parece que essa seja uma característica de todos eles. Se não concordam, tentem recordar a expressão de bicho acossado de Yasser Arafat quando, há algum tempo, os israelitas lhe cercaram o quartel-general. Sou levado a concluir por uma de duas hipóteses: ou as trezentas virgens que esperam os mártires no paraíso não são um argumento suficientemente convincente para Y.A., ou o senhor é adepto do adágio "faz o que eu mando e não o que eu faço"!

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