Acho de um egoísmo extremo o gesto de muitos pais, de colocarem aos filhos os nomes invulgares de antepassados, de actores, ou até dos seus ídolos em quaisquer outras áreas. Esquecem-se de que o filho se tornará um adulto, e que carregará para sempre o peso de um nome impronunciável.
Eu sei por experiência própria; chamo-me Aldino, como o meu pai. Sempre que tenho que dar o nome a alguém, tenho que o soletrar e, mesmo assim, na maior parte das vezes escrevem Albino. A minha correspondência vem em nome de Alcino, Altino, Adelino ou até Aldina. As pessoas que não me vêem há algum tempo chamam-me Alcides. Ainda se eu fosse Aldino Manuel, ou Aldino Pedro, podia usar outro nome - mas não, só Aldino, bolas. Por isso, fiz uma "fita" para que todos os meus filhos tenham dois nomes; para já só tenho um, que se não gostar de Lourenço pode ser Miguel, e vice-versa.
Este é, normalmente, um drama pouco compreendido por quem não o sofre, mas se se chamassem Benilde, Eufrásia ou Austrincliniano (sim, sim, conheci uma pessoa assim chamada), estou certo de que reveriam a posição!
2003/09/04
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