Gosto muito de quartos de hotel; gosto do seu aspecto asséptico, impessoal, e da sensação que nos proporcionam de repouso absoluto. É, de certa forma, como se fechássemos a porta para o mundo e deixássemos de ter qualquer responsabilidade. Nada nos é pedido num quarto de hotel; somos livres de bisbilhotar o que queremos, fazer quase tudo o que desejamos, e tudo de forma inconsequente.
Na nossa casa também nos isolamos do mundo, é verdade, mas não conseguimos atingir aquela sensação latente de indolência. Em casa há sempre algo para fazer e, mesmo que não o façamos, sentimo-lo na consciência. Num quarto de hotel o tempo pára.
Passe a publicidade, já fiquei em muitos hotéis, mas aquele de que guardo mais belas recordações é o Solverde, na Praia da Granja, em Espinho - e não, não era Verão!
2003/08/01
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