Não me queria aventurar já pelos caminhos ínvios da discussão sobre o meta-bloguismo - do qual, de resto, não sou grande adepto - e menos ainda pelo tema premente noutros blogs (Pacheco Pereira, Francisco José Viegas, Manuel Falcão, só para citar alguns) da possibilidade de existência de amor na blogosfera o que, per se, nao será mais do que uma variante do meta-bloguismo.
Mas hoje deparei com um excelente post, no "Quinto dos Impérios", do qual, com a devida vénia, reproduzo o seguinte trecho:
"As referências amorosas costumam ser discretamente íntimas ou expostas, ridiculamente, em alarde. Se das segundas não temos visto muitas, encontramos, em muitos blogues, posts (inocentes, surreais para quem não entende) que só podem ser mensagens, cartas, de amor. Há quem coloque imagens para alguém, quem escreva poemas para destinatários queridos... e nós, do alto da nossa meta-bloguice, nem percebemos."
Não posso estar mais de acordo; o amor, o verdadeiro amor, corre a rodos nestes milhares de posts aparentemente generalistas que circulam à frente do nosso nariz. Só se atentarmos bem, conseguiremos descortinar em muitos deles mensagens, mais ou menos crípticas, que irão direitinhas ao coração de alguém. Mas, na maior parte das vezes, nós não conseguimos (recusamos?) ver todos esses romances, maioritariamente platónicos, que se passam mesmo debaixo dos nossos olhos.
Já aqui citei uma vez Saint-Exupéry, mas volto a fazê-lo: on ne voit bien qu'avec le couer!
Não há amor na blogosfera? Só para quem não o quiser ver!
2003/07/31
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