Não há nada que não sirva aos pseudo-detentores da verdade esquerdistas para pedir a demissão do ministro Paulo Portas. Até agora, tem sido - e está para durar - o facto de ele ter sido testemunha no processo da Universidade Moderna. Espero que os meus superiores nunca venham a saber que também eu já testemunhei em processos, ou poderei estar em risco de perder o emprego.
Curiosamente, nunca ouvi essas esclarecidas cabeças pensadoras dizerem uma palavra que fosse sobre o caldo de promiscuidade em que o putativo líder do PS/ Presidente da República/ Presidente da Câmara de Lisboa/ candidato ao Parlamento Europeu (riscar o que não interessa) João Soares andou envolvido enquanto Presidente da Câmara de Lisboa. Ele foram obras da Câmara pagas pela Moderna, obras da Moderna feitas sem licença, e até obras no Colégio Moderno, propriedade dos "Kennedys portugueses" (este pedantismo só para rir), sem licença, nem tampouco projecto. Contudo, neste último caso, Soares júnior teve a amabilidade de nos informar que "a lei foi razoavelmente cumprida", de onde eu infiro, com legitimidade, que, se pagar apenas metade dos meus impostos, estarei a cumprir também "razoavelmente" a lei. É escandalosa - isso sim - a impunidade deste fulano!
Mas, voltando a Paulo Portas, vem agora a nossa intelligentzia canhota pedir a sua demissão, na sequência do pedido de demissão do Chefe do Estado Maior do Exército, General Silva Viegas. Desconhecem, com certeza, todos estes candidatos a crucificadores de Portas, que no nosso Estado de Direito, o poder militar se encontra subjugado ao poder civil - ao contrário, por exemplo, do que sucedia no regime militar do Iraque, até à queda de Saddam Hussein.
Exigir a demissão de P.P. devido à saída intempestiva de Viegas (que, recordo, foi imposto no cargo por Guterres, contra a vontade das altas patentes militares), seria tão caricato como pedir ao dono do restaurante que fechasse o estabelecimento, porque o chefe de mesa se demitiu.
2003/07/28
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