Vital Moreira tem sido, porventura, o mais activo defensor e propagandista do Governo e do PS na blogosfera. Já por várias vezes esbocei um sorriso ao lê-lo, tal a forma clonada e obediente como surge em tempo útil, inevitavelmente, a acrescentar a nota de propaganda que faltava às trapalhadas dos chefes (Ops, não devia ter dito "trapalhadas", não era? Isso só se aplicava em determinada pessoa...). No entanto, o discurso encontra-se de tal forma colado ao cliché das campanhas eleitorais que dificilmente alguém poderia pensar em pegar nele para contestar ou polemizar - seria mais ou menos como discutir com os bonecos dos gelados "Olá".
A previsibilidade estende-se, de resto, às causas e simpatias dos seus gurus e, nesta época em que o duelo Obama-McCain ocupa o lugar do Benfica-Sporting para alguns, não poderia deixar de vir fazer a amplificação do apoio do PS ao candidato da sua simpatia. E começa por nos lembrar que, como é hábito por lá (e como já houve umas tentativas de memória esquisita e descontextualizada por cá), o "New York Times" veio ontem declarar o seu apoio a Obama. No entanto, o pobre da história é quando Vital Moreira acha que escrever "this country needs sensible leadership, compassionate leadership, honest leadership and strong leadership. Barack Obama has shown that he has all of those qualities" é o "mais convicto e motivador" que se pode arranjar. A mim parece-me uma frase vazia e redundante que qualquer "jota" com aspirações poderia ter escrito sobre o candidato à sua Câmara Municipal, mas pelos visto há quem verta uma emocionada lágrima por lugares comuns.
Governar
Há 11 horas
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