Sexta passada,
por las ocho de la tarde, retomei um dos meus maiores prazeres: os toiros no único lugar onde podem ser vistos - em Espanha, claro.
A corrida foi mediana, com um El Juli razoavelmente inspirado e um Miguel Angel Perera numa das piores exibições que já lhe vi, ambos a terem que se defrontar com a nova estrela ascendente do toureio espanhol e, por inerência, mundial: Alejandro Talavante!
Há já dois anos, desde que vi César Jimenez em Almendralejo, que não tinha tamanha surpresa ao ver uma lide. Talavante, de apenas dezoito anos, e que tomou a alternativa há apenas duas semanas numa praça de nome impronunciável, confirmou todas as críticas que já tinha conhecido, e que o tornam no maior fenómeno da temporada, pelo menos até ver. Certo que algumas impetuosidades, a par com alguma dificuldade na avaliação da aprendizagem dos toiros durante a lide, pechas apenas imputáveis à sua juventude, o impediram de colher como troféus mais do que duas discutíveis orelhas na segunda lide. Mas a forma corajosa e elegante como executa as estatuárias, as
gaoneras perfeitas, e a maestria com a muleta tornam-no, para já, num matador que aconselho vivamente aos
aficcionados. Eu fiquei admirador, e decerto tudo farei para voltar a assistir a uma corrida onde ele conste no cartel - de preferência na
Real Maestranza, em Sevilha, afinal a verdadeira "catedral" do toureio!
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