É sabido que nem tudo o que dá prazer nos é permitido; aliás, a maior parte das coisas que sabem bem são proibidas, engordam, ou ambas.
Há muitos anos que não dispensava a compra do jornal "Blitz", mas isto apenas até à altura em que percebi o quão pernicioso esse hábito se andava a tornar para a minha carteira - não pela parca quantia que custava o jornal em si, mas pelas excursões que logo em seguida fazia à FNAC para adquirir CD's que, face à crítica, se apresentavam como simplesmente indispensáveis. São desta fase as minhas "descobertas" de muitas bandas, tais como os Mansun, Mercury Rev, ou, mais recentemente, os Ordinary Boys, Delays ou The Libertines, e isto só para citar alguns. A decisão teve que ser drástica: deixar de comprar o jornal, com apenas algumas recaídas ocasionais, tão frequentes nos viciados. Olhos que não veêm, coração que não sente.
As finanças reorganizaram-se, até ao dia em que apareceram estes tipos a perturbar-me o espírito. Também lhes vou enviar, em breve as facturas referentes a despesas não previstas, se bem que gratificantes. Desta fase recordo, ainda a semana passada, a compra do álbum dos Final Fantasy, com o mentor dos Arcade Fire, cujo nome agora não recordo (e estou demasiado preguiçoso para pesquisas).
Agora a tentação voltou: o Blitz deixou o seu formato de pasquim semanal e passou a apresentar-se numa revista mensal que é impossível não comprar. Tempos difíceis se aproximam. A propósito, sabiam que Richard Hawley (o que eu penei à espera do primeiro CD, "Lowedges") já tem um novo álbum? E que Thom Yorke, dos Radiohead, lançou um álbum a solo? E que Neil Hannon, aka The Divine Comedy, também tem novo trabalho? Ai, ai...
Governar
Há 12 horas
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