Esta é a casa de Frank O. Gehry, o arquitecto ex-encarregado pelo putativo projecto do "Casino-do-Parque-Mayer-que-afinal-já-não-fica-no-Parque-Mayer-mas-sim-no-Cais-do-Sodré-ou-na-Bica-do-Sapato-ou-no-raio-que-o-parta-quero-lá-saber-onde-fica-a-porra-do-Casino-eu-nem-sei-se-vai-ser-um-Casino-ou-uma-fábrica-de-conservas"!
Como já disse antes, acho Gehry uma fraude como, aliás, acho muitos arquitectos contemporâneos. A história do "Rei vai nu" aplica-se perfeitamente a esta elite: toda a gente se sente coibida de tecer reparos à obra de Álvaro Siza, mesmo quando ela é descaradamente decalcada de uma obra qualquer noutro lugar. Ninguém fala dos trabalhos que Tomás Taveira despudoradamente rouba a alunos e a estagiários pagos "a amendoins" (e estou à vontade para o dizer, pois já fui seu aluno). Quanto ao "mestre" Gehry, trabalha assim:depois de uma refeição bem regada, dobra meia dúzia de guardanapos, vira-se para os seus ajudantes de campo e diz, por exemplo: "O Guggenheim de Bilbao vai ser assim!"
O resto da história é simples; os seus funcionários, japoneses e quejandos - esses sim, os verdadeiros génios - fazem milagres para materializar em três dimensões os arrotos pós-prandiais do mestre. Quanto a este, tudo o que tem a fazer é esticar a mão e pedir dezassete milhões de euros (sim, dezassete milhões de euros, leram bem!) pelo projecto de algo que não se sabe onde ou sequer o que vai ser!
Para quem não está a seguir bem esta ladaínha, fiquem a saber que F.O.G. pediu, pelo trabalho de projectar (projectar apenas; não construir) o futuro Casino do Parque Mayer, a bagatela da quantia acima mencionada. E, pelo que se lê, Pedro Santana Lopes mandou-o ir roubar para a terra dele - e, se realmente o fez, fez muito bem!
1 comentário:
sou uma apaixonada do Parque Mayer por tudo o que simbolizava na cidade, por a ilha cultural que recebia várias classes e contextos artiscos resultando em diferentes e novas linhas estéticas. pois por lá não só habitou a revista mas esta destacou-se pois era a mais aceite por regime. Creio que um projecto futuro do Parque Mayer poderia ser uma resposta ao desalinho cultural que se vive em Lisboa. estudando e mantendo a sua essencia mas reformulando-o para a realidade actual. Percebi que eras arquitecto tens alguma ligação com o Parque Mayer ou estavas somente a criticar o processo português de contractar arquitectos e pagar fortunas por projectos megalómanos sem estudarem a sua viabilidade?
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