Luís Filipe Menezes parece ser o novo líder do PSD, segundo oiço agora nas várias estações noticiosas. Do ponto de vista de um militante do CDS/PP, ainda que a coisa possa parecer relativamente indiferente, seria de supôr que este seria o resultado menos bom, dada a maior tendência para o mediatismo de Menezes. Correr-se-ia assim o risco de ver a agenda política da direita, normalmente marcada pelo CDS/PP, face à passividade de Marques Mendes, escorregar ligeiramente para o PSD, diminuindo o espaço de manobra à direita. Mas, como bem lembra o
31 da Armada, Menezes tem agora outro problema pela frente, antes de chegar à ribalta - melhor, tem dois (pelo menos), e trazem sempre a sombra do que aconteceu recentemente a Ribeiro e Castro: primeiro, é mais que certo que Menezes não vai deixar a Câmara de Gaia, como Castro não deixou o Parlamento Europeu, mas vai ter que suportar as acusações de falta de entrega total, e até de não ter querido largar a segurança da "rede" daí decorrentes. Por outro lado, tal como Castro, está na oposição mas não no Parlamento, ie, falta-lhe algo essencial em política: palco. Com certeza que a bancada será mexida, e que a sua liderança deverá passar rapidamente para Santana Lopes, que nunca deixou de "andar por aí"; mas tal só vai servir de rápido trampolim para Lopes brilhar na oposição a Sócrates (e ofuscar Menezes), e para ele próprio, o
enfant terrible, preparar o assalto ao poder daqui a um ano e tal. Não auguro tarefa fácil para Menezes, mas isso não me preocupa nem um bocadinho, para ser sincero.
Sem comentários:
Enviar um comentário