2003/09/11

Portobello Road

Apesar das limitações a que aludi no post anterior, não poderia deixar de vir aqui aconselhar os meus leitores no que a compras cinéfilas diz respeito; como todos sabem, hoje é Quinta-feira, e como todos sabem também - ou deviam saber - é dia de DVD no "Público". Comprei o de hoje, "O Delfim", de Fernando Lopes, e vou vê-lo assim que puder. Confesso, no entanto, que não é dos que mais me fascinará nesta colecção; não aprecio por aí além o estilo "xaroposo" de José Cardoso Pires, bem como o ego (e não só...) inchado de Alexandra Lencastre, ou a polivalência de Rogério Samora - se bem que tenha gostado bastante de ver este último a representar Shakespeare no D. Maria II.

Mas é já do filme da próxima semana que vos quero falar: chama-se "Oito mulheres", ainda não o vi, mas, pelas referências que li e ouvi, deve ser de delírio - e, mesmo que não o seja, tem sempre a mais-valia de podermos observar em acção uma mulher tão bonita como Fanny Ardant.

Por fim, na colecção "concorrente", do "Diário de Notícias", aviso-vos de que vai sair amanhã um DVD que, para mim, é imperdível: "Notting Hill". Sim, eu sei que o filme é para lá de lamechas, que Hugh Grant é um canastrão que só sabe representar bem uma personagem - o próprio Hugh Grant - e que o que disse acima a respeito de Alexandra Lencastre é duplamente válido para Julie Roberts. Mas - bolas! - adoro ouvir o sotaque cockney de H.G. (como o de Tony Blair, e como Herman José tenta desesperadamente imitar), deliro com o sotaque galês do seu companheiro de casa, e, principalmente, fico fascinado ao "revisitar" Portobello Road, onde já tantas vezes me "perdi"!

A sequência em que H.G. caminha por Portobello, enquanto o tempo vai mudando progressivamente, numa metáfora "disneyana" das estações, é, para mim, simplesmente soberba!

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