2008/09/29

Embirrações de estimação

Duas, logo para começar a série:

Alarves que se riem das próprias piadas, principalmente quando estas são cretinas e sem graça, como no caso, por exemplo, de José Carlos Malato.

Condomínios, condóminos e sucedâneos; o meu tirocínio nesta área, em pequenos prédios de província, não me poderia preparar nunca para o que viria encontrar num edifício com dois dígitos de fogos, ás portas ocidentais de Lisboa. Gente sem vida própria, que faz da manutenção dos elevadores ou da substituição das caixas de correio a missão de uma vida, como se daí dependesse a retoma económica dos Estados Unidos ou a sentença do caso Casa Pia. Gentinha com vidas pequeninas, normalmente reformados com saudades das mangas de alpaca e burocracias subsequentes, que acham que o facto de terem vislumbrado uma barata no átrio do prédio ou terem detectado um jantar de adolescentes (não autorizado formalmente) no terraço do prédio é motivo mais que suficiente para tocarem à campainha de um desgraçado às oito e meia, nada se compadecendo com o facto de, consabidamente, nos estarem a interromper o jantar. Uma história de terror.

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