Ontem, enquanto tentava criar um manjerico para o Lourenço, utilizando, como me mandaram no infantário, papel crepe e um copo de plástico, deixei cair umas grossas gotas de cola-tudo UHU aqui em cima do computador portátil (e agora perguntam vocês: mas para que raio usaste cola UHU numa coisa que se resolve só com agrafos e jeito, e eu, em vez de vos responder, mostro-vos as minhas notas do secundário em trabalhos manuais, ou oficinais, ou lá o que lhes chamam agora). Bom, mas voltando aqui ao meu fiel companheiro, tentei limpá-lo de imediato com um lenço de papel, mas só consegui espalhar mais o visco. Agora, a coisa já secou e o plástico apresenta uma textura como que "arrepanhada" junto ao mouse digital - mas o aparelhómetro vai funcionando na mesma.
Será grave, doutor?
Governar
Há 19 horas
10 comentários:
Bah!
Do comentarista Al:
De acordo que revela uma pequena dislexia na escrita, mas penso que isso não arranha o alto grau de pureza do espécime,(...).
Vê-se a quem pertence a dislexia e a que espécie pertence...
... os direitinhas reaccionários são assim: "Filha chama-lhe antes que elas te chamem a ti", mas eles em situação menos arriscada e mais propícia se confessam - da arte manual à intelectual vai pouca monta/distância.
Eles andam por aí!
Viegas
Bah!
À "laia" de estatuto editorial: dá-me gozo responder a direitinhas reaccionários - em princípio são todos-muito-democráticos(?), dizem sempre que querem o diálogo (enchem sempre a boca de diágolo, como o Guterres o fazia, e dizem que prezam, acima de tudo(?), a argumentação), mas não deixam de repetir, sempre, (digo, desde já, sempre ...) a maiores atoardas reaccionárias que "o-depois-do-25-de-Abril" engendrou como conduta e perspectivas de estar na vida para os reaccionários direitinhas.
Depois actuam quasi(?) sempre em matilha, têm o chefe que fornece os dislates para comentar e, depois, aparecem o comentaristas, também auto-ditos muito democrátas, mas bastante reaccionários, talvez mais ainda que o chefe, que em frases curtas, o seu estofo mental não dá para mais, achincalham tanto as políticas como as personagens de esquerda - muitos, agora, não sabem o que fazer ou pensar - o PS está-lhes a tirar o tapete político e a querer dizer: estão a ver ó direitinhas, ainda conseguimos ser mais reaccionários que vocês!
Ao fim de alguns comentários, quando a pastilha elástica de direita e reaccionária já não tem sabor, entram em paranóia, colectiva quanto baste, e entram em prometimentos de agressão física (no fim de contas são os irmãos direitos dos meninos nazis que por aí há ...) descambam em agressões verbais, tornam-se anónimos nos comentários, ...
... existem, alguns, que se pensam intelectualmente superiores, pegam em erros ortográficos, que a escrita apressada concretiza (nada mais que o prontuário de Bill Gates não resolva)e, dada a sua pequenina estrutura mental - um neurónio sem sinapses - extrapolam, não em face do conhecimento que têm dos outros, mas sim por aquilo que esperam ou desejam, daí a sua actuação em matilha que "arreganha" o dente perante o desconhecido ou, o que é pior, aquilo que vem perturbar o idílico arranjinho político local.
Quase todos, veêm em auxílio do chefe, quase todos esperam que algo aconteça nas próximas eleiçoes - chefe e seus comentaristas nunca se debruçam sobre os aspectos locais, políticos ou mundanos, são sempre as mesmas teclas: uns batem mais no BE, devem ter uns amigos que são do BE, e outros batem nos comunistas (a estes, lá estão sempre Cuba, Coreia do Norte, China, Staline, ...), com frases curtas e broncas que revelam bem o cariz cultural primário do engendrador.
... um, há dias, até disse que eu dava "erros semânticos" - como pessoa, ele é que regrediu semanticamente, pouco falta para estar a par dos tempos pré-nazis, e um pouco mais andará à noite, nas ruas, a fazer arruaças de punição aos opositores locais.
O comentarista Al, já deu o seu ar prezenteiro e reaccionário, ...
... o desafio, apesar de não ter os presupostos subjacentes como ele os fabrica, é aliciante, à reaccionarice deve-se-lhe dizer sem peias que é reaccionarice, as meias-tintas são para os claudicantes do mundo ...
Eles andam por aí!
Viegas
Caro Viegas dos Santos (espero que não se ofenda por o tratar com esta informalidade):
Antes de tudo o mais, dou-lhe as calorosas boas vindas a este blog, um espaço de opinião livre, desde que civilizada, algo a que, certamente, não estará habituado lá nas reuniões do Comité Central.
Entretanto, e antes de passar a uma resposta que, devido à sua prolixidade, não poderá neste momento ser tão extensa como os seus comentários mereceriam, deixe-me fazer uma breve introdução, para os leitores deste blog que não o conhecem, e não sabem donde vem tamanha verborreia: pois bem, caros amigos, o Sr. João Viegas dos Santos é, provavelmente, o último comunista ortodoxo deste país. Não habita em Vila Nova de Foz Côa mas mais a Sul, segundo penso, e entendeu dar o seu concurso para a diversidade biológica deste blog após algumas trocas de opiniões nos comentários doutro blog, o www.almariado.blogspot.com. Aproveitemos, pois, a oportunidade única de observar este raríssimo espécime em acção, e peço-vos o favor de não executarem nenhum movimento brusco, pois trata-se realmente de uma genuína figura saída directamente das páginas de "O Capital".
Passando pois à resposta ao seu comentário, que tomei como interpelação, tenho desde já a apontar-lhe que, depois de minuciosa análise, encontrei no mesmo a falta das expressões "imperialistas", "lacaios do capital" e "forças da reacção" o que só posso atribuir a eventuais defeitos na gravação - de qualquer forma, o resto da mensagem é já sobejamente conhecida desde, pelo menos, 1974, pelo que me limito a reiterar a ideia, já anteriormente expressa, de que os neonazis e outros grupelhos de palhaços de extrema direita - bem como quaisquer equivalentes de extrema esquerda - merecem o meu mais profundo repúdio e, por muito que lhe custe, também o desprezo de qualquer democrata, pertença ele a que quadrante pertencer. Compreendo que lhe desse jeito ter uma relação qualquer entre gente séria que quer fazer política, e atrasados demagogos (a discussão sobre o radicalismo nas duas extremidades do espectro levar-nos-iam muito mais longe, mas acredite que existem hoje em dia assassinos tão maus como os nazis na Coreia do Norte ou em Cuba), mas a verdade é que a única relação que possa existir é de repulsa.
Por fim, não prometo agressões físicas a ninguém, muito menos a quem apenas usa como arma a palavra (e devo-lhe essa consideração, sem ironia), e não sou sequer apologista do seu uso. Também não funciono em grupo (penso que era a isso que se referia quando usou a expressão "matilha") pois, noutros partidos, acredite ou não, há liberdade de expressão e de pensamento.
Também não me preocupo grandemente em proteger o meu "arranjinho político local" simplesmente porque... ele não existe. Resido em Setúbal, linda terra que, infelizmente, constitui um dos últimos redutos neste país dos seus camaradas, apesar de aqui já existirem muitos deles que, apesar de não assumirem o reivindicativo epíteto de "renovadores", já conseguem ter uma conversa de duração superior a cinco minutos numa óptica, digamos, "pós-ortodoxa".
Muito mais haveria para dizer, mas decerto oportunidades para o fazer não faltarão. Muito obrigado pela sua visita e volte sempre!
Bah!
1 - (...)desde que civilizada, algo a que, certamente, não estará habituado lá nas reuniões do Comité Central.
2 - o Sr. João Viegas dos Santos é, provavelmente, o último comunista ortodoxo deste país. Não habita em Vila Nova de Foz Côa mas mais a Sul,(...)
3 - Aproveitemos, pois, a oportunidade única de observar este raríssimo espécime em acção, e peço-vos o favor de não executarem nenhum movimento brusco, pois trata-se realmente de uma genuína figura saída directamente das páginas de "O Capital".
Três coisinhas bonitas(?) para a claque do sr. Al(será só de futebol?), todavia são meras suposições e não deixam de ser expressões já estafadas e repetidas (não acertou em nenhuma!). Os direitinhas alegram-se quando se repetem até à exaustão - quando isso não acontece pouca coisa têm mais para dizer. Nem sequer conseguem arranjar uma canção para enaltecer a globalização em curso e de que tanto gostam...
... um mote, talvez lhe faça bem:
Gosto tanto das minhas cuecas,/ foram feitas por trabalhadoras chinesas/ ai gosto tanto das minhas cuecas.
Agora diga-me, nos direitinhas reaccionários também existem renovadores/renegadores? É que, logo à partida, esta sua "profissão de fé" sobre os grupelhos nazis-fascistas portugueses torna-se um bocado suspeito, será também um renovador da direita reaccionária? - pelo que depreendo deve saber muito sobre a ideologia dos chamados renovadores comunistas, eu é que não sei nada sobre a renovação reaccionária, para mim, no essencial não destingo as nuances que quer fazer surgir, são todos direitinhas reaccionários, pouca coisa de benéfico (não me diga que a Base de Gauntánamo é uma coisa benéfica, fica em Cuba!)têm a acrescentar ao mundo tal como ele está ...
... uma coisa me admira, a frase não é curta como alguns "grunhos" o fazem, mas talvez lá chegaremos, não é?
Eles andam por aí!
Viegas
Caro Viegas dos Santos:
Vou-lhe confessar uma coisa: estas discussões estéreis entusiasmam-me numa primeira fase, mas depois enjoam-me, problema meu. Nunca fui grande coisa como evangelizador, pelo que não espero convencê-lo da bondade das minhas ideias, nem o caríssimo amigo deverá esperar que eu me converta às suas.
No entanto, existe aqui uma diferença fundamental, e agora vou deixar, garanto, as ironias e picardias de lado: é que eu dou de barato que o senhor acredita que as suas ideias, em termos políticos, são as melhores para este país - mas, em contrapartida, o senhor não aceita que eu possa pensar que as ideias que professo sejam o caminho pelo qual este país deve seguir. Não, o senhor acha que todo aquele que não comungue dos ideais marxistas, luta de classes e toda essa trapalhada obsoleta, está camufladamente a agir em nome individual e em prol de um obscuro interesse pessoal que prejudicará toda a restante população. Acredite, amigo Viegas dos Santos, que há mais pessoas com ideias para este país, muitas delas diferentes das suas, por muito estranho que isso lhe possa parecer - e comece por colocar a hipótese, académica se quiser, de haver melhores ideologias do que aquela que você abraçou; um dos meus lemas de vida tem passado por questionar permanentemente tudo o que faço, e estou convencido de que só assim consegui evoluir minimamente.
Posto isto, não admito, nem a si nem a ninguém, que, por ter uma concepção de política assumidamente liberal e personalista, me possam confundir com grupelhos radicais - e, se fosse a si, em lugar de defender os crimes de Estaline e quejandos, também me insurgiria contra quem me comparasse a párias dessa espécie; mas cada um sabe de si, claro.
Em jeito de despedida, e novamente sem ironias, garanto, deixe que lhe diga que admiro a sua persistência na defesa do ideal que abraçou, ainda que ache que demasiada obsessão o possa levar ao fanatismo. Mas estou ao seu inteiro dispor para discutir, na justa medida dos meus parcos conhecimentos, política, futebol, cinema, ou o que entender. Convide-me para ir a essa bela cidade, que não visito há tanto tempo, e que continua a ser das mais bonitas do Algarve (curiosamente, muito por culpa da teimosia de um autarca que não pertence ao seu partido nem ao meu), e terei todo o prazer em discutir isto à frente de um arroz de lingueirão e uma garrafa de branco, por exemplo.
Cordialmente,
AB
Bah!
O comentarista Al escreve: (...)mas, em contrapartida, o senhor não aceita que eu possa pensar que as ideias que professo sejam o caminho pelo qual este país deve seguir.
Estes bocadinhos de prosa bacoca, para além de serem uma das estafadas teses da direita reaccionária, é mais um chavão de arremesso indiscriminado a toda a esquerda, comunista ou não comunista - o comentarista Al não me conhece, nem pelo cheiro teve qualquer contacto comigo mas não deixa de antecipar e apôr as formas de conduta que na análise da direita reaccionária é o "clichê" de uso avulso para os comunistas - não tenho qualquer intenção de reprogramar todos os reaccionários deste País, esperava que eles se assumissem como tal qual são: reaccionários. É, pelo menos, uma falsidade que utilizem a verborreia reaccionária, e não assumem essa qualidade, por muito que custe ao ego individual.
Em qualquer dos paragrafos do comentário anterior, sem excepção, lá está o "espicho" reaccionário, não vou repeti-los, mas o comentarista Al acha que dizer aquilo, sem conhecer o interlocutor, não é reaccionário, não é utilizar "suposições em vez da verdade", para ele a realidade será sempre vista através da peneira da direita reaccionária,...
... há muito que conheço o mundo político, tanto postuguês como internacional, não sendo aquilo que o comentarista Al diz que eu sou (Stalinista) direi agora outra vez a relação: "O Staline em face dos principais actores políticos mundiais (Bush e quejandos ...) não passa de um menino de qualquer igreja", basta ver e analisar o momento actual, e isto com o beneplácito do comentarista Al por "ter uma concepção de política assumidamente liberal e personalista".
Eles andam por aí!
Viegas
(PS: Não recuso o convite de estar perante um prate lingueirão, todavia é necessário mais tempo para que o tempo seja real ou ideal.)
Bom, parece-me que este diálogo não nos vai levar longe, caro amigo. O meu contador de palavras e expressões repetidas já detectou cerca de 837 a expressão "direita reaccionária" nos seus escritos, pelo que me parece que, por muito que continue a escrever, dificilmente adiantará algo àquilo que já escreveu, e que toda a gente já conhecia antes sequer de começar a escrever (pelo menos desde que deram tempo de antena a Álvaro Cunhal e a Vasco Gonçalves).
De qualquer maneira, ainda vou responder-lhe a este comentário, por achar que, apesar do evidente antagonismo de ideias, o senhor tem sabido manter uma postura cordialmente combativa, e apenas para lhe dizer o seguinte: é verdade que não tenho o prazer de o conhecer pessoalmente mas, analisando aquilo que escreve, considero que já conheço razoavelmente a forma como lê a política, pelo que as minhas "suposições em vez de verdade" se baseiam exclusivamente no que escreve. Agora se pensa uma coisa e escreve outra, peço desculpa pela abusiva interpretação das suas palavras, mas continuo a contar consigo para comentar neste blog sempre que não concorde com alguma ideia que aqui surja - ou mesmo que concorde, porque não?
Bah!
"(pelo menos desde que deram tempo de antena a Álvaro Cunhal e a Vasco Gonçalves).", mais um cliché de direita reaccionária ...
... como vê, você pensa por frases já feitas - é aquilo que eu digo: os seus textos são feitos à semelhança de um teste de línguas estrangeiras das nossas Escolas actuais. O professor deixa uns buracos no texto ao que o aluno põe neles as frases ou palavras para que o texto integral faça algum sentido (às vezes até fornece várias hipóteses em rodapé). Ao professor chamo-lhe o professor reaccionário, à disciplina chamo-lhe disciplina de introdução à reaccionarice e ao aluno chamo-lhe direitinha (está no início) reaccionário ...
... agora por utilizar as palavras "direita reaccionária", é que não existe outra forma de classificar quem assim as pensa e usa como argumentação essas diversas-frases-feitas que por aí circulam - eu sei que dessa maneira é mais fácil, já estão mastigadas e, algumas vezes, obtêm situações com grande satisfação para quem as diz ou escreve (entre um grupo de apaniguados), todavia poder-se-á dizer que muitos são os casos, onde o que é original não presta mas com o que já foi dito e é vulgar surte algum efeito ...
... mas se quiser eu também sou capaz de contar as frases reaccionárias que intromete no que escreve, porque é isso principalmente que me faz escrever desta forma, desmascarar a estrutura do pensamento reaccionário e as suas muletas de retórica e chamar as coisas pelos nomes ou, como diz o povo, pegar o boi pelos cornos.
Eles andam por aí!
Viegas
Caro Viegas dos Santos:
Como parece ainda não ter reparado, vou-lhe dar algumas informações cruciais para a sanidade mental de ambos:
1. O PREC já acabou;
2. O eleitorado já não quer saber de comunistas, e alguma malta nova, sem ideais nem objectivos, apenas vai votando no BE que se trata de um produto de marketing, tal e qual um detergente, e não de um partido político sério;
3. A nossa conversa não sai do mesmo, por muito que eu aprecie o seu estilo combativo;
4. Ninguém nos liga, e a situação só vai tender a piorar, porque entretanto não deixei de postar e estes comentários vão-se afundar definitiva e irremediavelmente no blog;
Face ao exposto, e dando de barato que ambos já deixámos razoavelmente claros os nossos pontos de vista, proponho-lhe:
5. Encerrar por aqui este assunto neste debate;
6. Convidá-lo veementemente a participar nos futuros comentários deste blog sempre que achar tal conveniente;
7. Já que você não me convida para o arroz de lingueirão em Tavira, convido-o eu para vir a Setúbal comer uma massinha de peixe (desde que na minha agenda não se sobreponha a um jantar que estou em vias de agendar com a Sílvia Alberto, vd outro post) e conversar sobre política.
Saudações democráticas (de democrata para democrata, acredito)
bah!
(...)1. O PREC já acabou;
2. O eleitorado já não quer saber de comunistas, e alguma malta nova, sem ideais nem objectivos,(...).
a isto só posso acrescentar que, talvez daqui a uns tempos, estejamos a "comemorar o dia do cão".
De democrata para democrata aconselho-o a utilizar menos esses "chavões" ultramontanos (como vê, adivinhe o que ia escrever ...):
1 - se está a enganar a si próprio;
2 - o mundo está a avançar e muitas dessas desculpas deixaram de ter qualquer significado;
3 - não é necessário estar sempre, todos os dias, a fazer profissão de fé sobre aquilo que é;
4 - tenha ideias genuinas, tanto mais à direita como à esquerda, que sirvam para acrescentar "valor" aos homens deste tempo;
5 - e, deixe-se de frases feitas, porque já não vai "dar-a-volta" a ninguém.
Eles andam por aí!
Viegas
(PS: ainda só vejo 0(zero) comments aos seus posts, para quê tanta pressa ...)
Enviar um comentário