2004/12/27

Intimidades

2004 foi um ano em que não aconteceram muitas coisas que deviam - ou podiam - ter acontecido, mas em que aconteceram demasiadas coisas que nunca deveriam ter acontecido. Desculpem a cacofonia desta frase, bem como a sua redundância à la Palisse; em boa verdade poder-se-ia dizer o mesmo de qualquer outro ano, fosse qual fosse a perspectiva. Mas a verdade é que deixo 2004 com um sabor amargo na boca, com algum desânimo - o desânimo que sente quem luta por algo em que acredita, mas que cada vez está mais distante de o conseguir. Uma falta de forças, um soçobrar para o qual - sou franco - não vejo grandes saídas.

Resta-me, pois, encomendar tudo aquilo por que luto nas mãos de Alguém maior que todos nós, e acreditar puerilmente que o simples virar de uma página de calendário poderá constituir a panaceia para todas as minhas dúvidas, angústias a ansiedades - e, assim como o desejo para mim, faço também votos de que o novo ano traga a todos, se não aquilo que sabem que merecem, pelo menos os meios e a força anímica para lutar por isso!

Feliz ano de 2005!

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