Será possível imaginar uma figura mais cretina do que um tipo de boné de
baseball enfiado na cabeça (de dia ou de noite), sentado num carro que mais parece uma nave espacial em segunda mão, ouvindo num volume estapafúrdio, numa aparelhagem que lhe custou os subsídios de férias e de Natal dos últimos anos e dos vindouros, uns sons primitivos, tipo
"tum-tum-tum", conduzindo devagar e mirando os outros condutores com sobranceria, como se se tratasse de um piloto de fórmula 1 a efectuar a volta de aquecimento (normalmente deve ir a pensar qualquer coisa do género: "Podes passar por mim à vontade, porque eu sei bem que, se ligar a garrafinha de
nitro, tu nunca mais vês a traseira do meu CRX - e se não acreditas, pergunta aos meus colegas da "Vasco". O problema são as curvas, que nem eu nem os meus amigos aprendemos ainda a fazer, mas se os bons condutores se vissem nas rectas, eu era o campeão!")?
Sim, respondo eu - é possível ser-se ainda mais imbecil: hoje vi um tipo destes com o
pit-bull sentado no banco do passageiro.
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