2004/08/16

Arrogância

Diálogo numa loja de discos:

Eu:
- Tem o CD duma banda chamada Fritz Ferdinand?
A menina (com ar enjoado, tipo "vêm-para-aqui-estes-tipos-com-pedidos-esquisitos-..."):
- Fritz Ferdinand?
Eu (num tom paciente):
- Sim, são escoceses, foram ao festival da Zambujeira...
A menina (com ar "só-conheço-a-Britney-Spears-e-aquela-bué-da-gira-do-Eminem"):
- Tem a certeza de que é esse o nome?
Eu (já meio impaciente, tipo "metem-aqui-a-atender-numa-loja-de-discos-esta-gente-que-só-conhece-Robbie-Williams"):
- Sim, tenho!
A menina (no mesmo ar enjoado "não-tenho-pachorra-para-pedidos-esquisitos-ainda-por-cima-de-kotas"):
- Não, não tenho cá nada com esse nome!
Eu (já irritado, dando meia volta):
- Obrigado, boa noite.
A menina (subitamente em tom vitorioso, tipo "Gotcha!"):
- Não quererá antes dizer Franz Ferdinand?
Eu (atrapalhado, apanhado, a pensar "não-haverá-por-aqui-um-buraco-onde-me-possa-meter-?"):
- Eeh, sim, pois, se calhar é isso...
A menina (gozando a vitória):
- Pois, Franz Ferdinand tenho sim; eu estive no Sudoeste (quem diria?), e gostei muito.
Eu ("um-buraco-um-buraco-!"):
- Pois, desculpe, enganei-me, tem razão...

Franz Ferdinand, grande malha; agora só me falta encontrar The Ordinary Boys!

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