2004/07/30

Ídolos como nós

Alguns de vós ir-me-ão achar naïf, e até infantil pelo que vou contar (os outros já achavam antes), mas há pequenas histórias que acho que nunca deixarão de me fascinar.

Em conversa com o meu colega J.P., fiquei a saber que, em anos não muito distantes, ele trabalhou em Inglaterra, na indústria hoteleira. Soube também que desempenhou essas funções em Bristol, e que conhecia razoavelmente a zona em volta, mais ou menos até Cardiff. E, principalmente, contou-me que, no restaurante em que trabalhava, era comum ter a visita dos membros dos Stereophonics, dos Catatonia, dos Manic Street Preachers, e - pasme-se! - até dos Portishead. O J.P. provavelmente serviu umas lambchops a Beth Gibbons, e viu de perto umas grandes bebedeiras de James Dean Bradfield, bolas!

É evidente que sei que até as divas precisam de comer, mas tudo isto assim contado torna as coisas tão terrenas, e ao mesmo tempo tão surrealistas, não é? São pessoas que nos habituámos a idolatrar, e de repente percebemos que são verdadeiras - já o sabíamos antes, claro, mas assim, de uma forma tão próxima e tão real, dá para ficar de boca aberta.

Desculpem lá o deslumbramento; a normalidade regressa dentro de momentos.

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