Não consigo partilhar euforias daquelas que me são apresentadas como inevitáveis. Bandeirinhas portuguesas nas janelas, concertos de Verão "obrigatórios" e outras coisas que fazem quem não delirar com as mesmas sentir-se um excluído social. Tiago Monteiro é um bom piloto, mas já há algum tempo se percebeu que não é tão bom como os portugueses gostariam que fosse. E não tem sido por falta de oportunidades, se bem que haja quem sustente o contrário.
Por outro lado, o
WTCC é um campeonato feito para o público e, para manter este interessado, a fórmula correcta é fazer com que os carros rodem juntos, promovendo os despiques. Isto é conseguido à custa de um regulamento enviezado, com lastros para uns carros e não para outros, e inversão da grelha de partida entre as duas mangas, entre outras "habilidades" que fazem com que o virtuosismo e as capacidades dos pilotos sejam muitas vezes relegadas para segundo plano. Foi muito devido a esse conjunto de factores que Tiago Monteiro conseguiu hoje a vitória na segunda manga da prova que se disputou no Autódromo do Estoril. Mas teve a sua quota-parte de mérito no resultado, e como português que gosta de o ser, não deixo também de dar os parabéns ao Tiago.
Mas soube-me bem voltar ao autódromo, passar lá o dia. Lembrei-me das minhas "aventuras" de há trinta anos, em que ia sozinho para lá, apanhando pelo menos quatro transportes diferentes no percurso, e sem saber bem como voltaria. O problema do lugar é o vento; este "tratamento" de hoje, a somar à "tareia" de ontem na praia do Baleal, não prognosticam nada de bom para a semana que começa.
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