Numa vanguardista iniciativa de antecipação da legislação Portuguesa, inédita para já e ao que sei, apresenta hoje este blog o presente post, que pretende ser um percursor da lei da paridade aplicada à blogosfera - com efeito, trata-se do primeiro post destinado exclusivamente a mulheres, se bem que não se possa, naturalmente, impedir os homens de o ler. Outras acções de justiça social decerto se seguirão.
Mas, voltando ao tema do post, trata-se de apresentar às minhas queridas leitoras uma questão muito simples, mas que poderá ajudar-nos a todos a definir onde se situa exactamente a fronteira entre o que é politicamente correcto e o que se sente na realidade. Então é assim: é um facto insofismável e conhecido que praticamente todas as mulheres afirmam, quando questionadas e com razoável convicção, que preferem como companheiro um homem não necessariamente bonito, mas sensível, culto, com sentido de humor, e com outros atributos similares, que fica sempre bem apresentar como quesitos a quem não quer passar por fútil ou superficial.
Mas a prática mostra-nos muitas vezes o contrário, ou seja: entre um tipo gorducho, careca, de mediana aparência física, mas que seja capaz de proporcionar uma conversa agradável e uma boa companhia, ou um loiro bronzeado, praticante de surf, que pensa que Beckett é o novo central do Chelsea e que Modigliani é o nome de uma pizzaria da linha, nem vale a pena perguntar para que lado vai o coração feminino pender, não é?
Bom, exposta a verificação, e apelando à honestidade das minhas leitoras que poderão, sem remorsos ou sentimentos de culpa, refugiar-se no anonimato, para mais numa questão tão delicada como é a presente, deixo aqui a questão: onde fica, exactamente, a ponderação entre o aspecto estético e os restantes aspectos de um homem na altura de escolher?
Posso deixar aqui mais umas pistas para uma possível resposta: da minha observação pessoal, penso que há uma altura em todas as mulheres em que, devido às experiências passadas bem como à maturidade adquirida, os pratos da balança se começam a equilibrar. Não gostaria de balizar, mas acredito que tal tenda a suceder por volta dos trinta anos. Estarei correcto, ou pelo menos a aproximar-me da realidade?
No entanto, penso que não existe mulher imune ao aspecto exterior do homem, seja qual for a sua idade e estágio de maturidade, e muitas, inclusive, dispostas a arriscar tudo numa relação que a conduza a anos de sofrimento, desde que ao lado de um sósia de George Clooney. Será isto uma reacção genética, ou tem a ver com algo que nos é imposto pela sociedade consumista? Afinal, trata-se da velha história de comprar um mau produto num bom embrulho...
P.S.: Antes que me acusem de machista, desde já deixo aqui bem claro que sei muito bem que, com a devida inversão dos termos, toda esta teoria é igualmente aplicável ao género masculino, em alguns casos com sérias agravantes. Afinal, serão muito poucos os homens que desdenhariam pavonear-se na Expo de braço dado com a Isabel Figueira, se bem que a cachopa já tenha declarado publicamente que "não leva livros para férias, porque as férias são para descansar" (in revista "Maxmen" há uns meses atrás).
Governar
Há 12 horas
4 comentários:
se falamos só do apelo físico, isso depende de cada mulher. Eu por exemplo sinto-me muito mais atraída por um homem não muito alto e um pouco gordinho. A razão? Não sei, se calhar tem um ar mais doce...
Ainda bem que voltaste!!!
és alto e magro? desculpa lá...
Ah, ah, Ana, só tu! Obrigado pelas boas vindas.
Quanto à questão, não, não sou alto nem magro. Sou de estatura mediana (1,74m) e bem rechonchudinho, mas mesmo que fosse diferente, não me ofenderia ou melindraria nunca com a tua resposta porque, ao colocar este post, pedia precisamente sinceridade nas respostas.
Se mantiveres a curiosidade, e sem segundas intenções, pois sei que estás muito bem servida, poderás saciar a curiosidade em relação ao meu aspecto físico em http://aldinob.hi5.com. Mas não aceito reclamações!
aprovado! ;)
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