Por norma embirro um bocado com tudo o que me soe minimamente a establishment; encontram-se assim, nessa longa lista, as datas em que é suposto festejarmos algo, mas que mais não são do que um pretexto do consumismo e dos lobbies dos comerciantes para gastarmos mais uns trocos em prendas cuja espontaneidade fica abaixo de zero, mas que possuem o condão mágico de aliviar as consciências dos ofertantes por mais uma saison - e (ó heresia!) essa minha embirração começa logo pelo próprio Natal, e estende-se a dias da mulher, da criança, do pai, do emigrante, do mercenário, do bêbedo ou do que quer que seja.
Mas esta manhã, bem cedo, fui forçado a engolir parte desta minha arrogância; e quem me deu esse banho de humildade foi o Lourenço que, de cima dos seus três anos, foi ter comigo enquanto me barbeava e me disse: "feliz dia do pai, papá; gosto muito de ti!"
O que mais posso pedir para ser feliz?
Governar
Há 12 horas
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