2008/04/23

A marcha dos lémingues, parte II


Alberto João Jardim para a liderança do PSD? Será possível que ali ninguém perceba que o maior (por enquanto) partido da oposição não pode ser liderado por alguém que, após cada almoço, ganha uma tendência para as atoardas apenas comparável ao pós prandial de Mário Lino? Que não pode ser alguém que, em cada coisa que diz, cria uma anedota e dá pretextos aos opositores para se tornar motivo de gozo, quando não de censura? É que esse folclore pode funcionar bem num meio limitado e cacicado como a Madeira, mas aqui ele não pode andar a alcatroar estradas todos os dias, e a beber ponchas com os eleitores.

Mas seria engraçado ver se ele iria ao Carnaval de Loulé ou ao de Sines.

2008/04/22

Quem quer ser burro que nem uma porta?

Vejo, de vez em quando, nestas noites ainda pouco convidativas a saídas, um programa da RTP1 em que o apresentador vai fazendo perguntas a concorrentes, de escolha múltipla, cabendo a estes escolher, de entre as opções apresentadas, a única correcta. Mas isto está-me a deprimir demasiado, e acho que vou desistir; é absolutamente confrangedor ver os graus de ignorância das pessoas que lá aparecem, quase se diria directamente aterrados de Marte, onde passaram os últimos milénios. Certo, eu não esperava que num programa de entretenimento me surgissem novos Einsteins, mas seria o mínimo esperar que, quem se candidatasse a este programa, tivesse ao menos lido o jornal da véspera.

Espero que tudo isto não passe apenas de uma perversa estratégia da RTP que, para poupar nos prémios, sujeita os candidatos a concorrentes a uns testes prévios de cultura geral e depois escolhe os piores. Porque, se não for assim, e se estas alimárias forem o exemplo da cultura média do portuguesinho, dá vontade de chorar.

2008/04/21

Filosofia de fim de tarde

Há algo de perverso - masoquista até! - em ser-se de um clube dito dos "grandes": as alegrias são efémeras e as tristezas são tão profundas...