2003/12/05

Off-line

Fim de semana grande, de partida para o Portugal profundo (mas profundo mesmo!), actualizar leituras, retiro espiritual.

Portem-se bem que eu já venho!

2003/12/03

Lista de Natal

A Ana fez já uma extensa e refinada lista de Natal, o que me fez lembrar como gosto de fazer listas. Assim, ainda que mais modesto, aqui vai um pequeno rol dos bens e serviços que gostaria de receber nesta quadra:

- Uma quinta na serra - podia ser a de Nossa Senhora d'El Carmen, acompanhada pelo respectivo orçamento para remodelação, restauro e decoração;

- Uma casa para passar férias em São Pedro de Moel, com piscina e vista para o mar, obviously;

- Uma carrinha Audi A4 2.5 tdi quattro;

- Um Porsche 911 targa, de 1971, mais ou menos;

- Um Mitsubishi Lancer Evo 8 Gatmo, e respectivo budget, para fazer o Campeonato Nacional de Ralis;

- Uma moto 4 e uma mota de água, ambos Bombardier;

- Um jantar no Ribamar com todos os meus amigos, para compensá-los do relativo flop que foi a festa do meu quadragésimo aniversário;

- Uma viagem a Veneza, com hotel na Piazza San Marco, e saída directa para os canais (de caminho, gostava de regressar a Rapallo, Porto Fino e Florença);

- Uma reforma vitalícia, com um número composto por não menos de seis algarismos à esquerda da vírgula;

- A viagem à Irlanda, finalmente - conhecer todas aquelas falésias e os pubs nas terriolas, de que o meu amigo J. (onde andará?) me falou um dia;

- O Brett Anderson a juntar-se de novo ao Bernard Butler, e a fazerem um concerto privativo dos Suede só para mim e para quem eu quisesse, onde eu quisesse;

- Um curso de golfe, e um equipamento completo - dos bons! - para o jogar;

- Um mano para o Lourenço;

- E, principalmente, trocava todos os anteriores pela total recuperação da minha sobrinha Vera!

Aceitam-se sugestões e donativos (work in progress).

Os luxos pagam-se!

Se há coisa que não compreendo, são as pessoas que querem ter acesso a um determinado luxo sem pagar por isso. Fazem-me impressão os caçadores que defendem o regime livre, e o alegado direito a devassarem propriedade alheia impunemente. A caça já foi uma actividade imprescindível à sobrevivência da espécie, mas isso foi há muitos séculos atrás. Hoje em dia, é uma actividade de lazer, praticada maioritariamente por gente sem formação, que destrói os sítios por onde passa, que abandona e abate os cães que "não servem", e, principalmente, que muitas vezes anda bêbeda e com uma arma nas mãos. Querem caçar? Pois paguem por esse direito, e façam-no em coutadas próprias.

De forma análoga, defendo o aumento cada vez maior do preço do tabaco e do álcool - e olhem que, neste caso, até fumo e bebo, ainda que moderadamente. Pois se não são bens essenciais, e se são comprovadamente danosos para a saúde e segurança, que sentido faz que sejam baratos?

Os jovens estudantes, que vão de carro para a Universidade, que faltam semanas a fio, a pretexto de eternas "queimas das fitas", "festivais de tunas" e quejandos, e que subsistem exclusivamente através da mesada dos pais - que também pagam por inteiro a propina académica, seja ela qual for - têm tanta razão para protestar contra o preço daquelas, como razão tem o elefante quando diz à formiga: "pisaste-me!"

Se se pode exigir assim, levianamente, que quem tem poder para tal satisfaça as nossas necessidades, gostaria de pedir ao Governo, por este meio, que me providencie os meios necessários para dar a volta ao mundo num veleiro, durante um ano. Muito agradecido.