2003/07/19

Não foi plágio, juro!

Agora, ao navegar pela blogosfera, descobri um interessante blog, o tomara-que-caia, cujo subtítulo é uma frase, em inglês, que eu usei há dias como título de um post.

"And now, for something completely different" não é uma simples frase - é uma senha cúmplice. Dizia-a John Cleese, representando um mirabolante pivot de noticiário, no "Monthy Python's flying circus", série desgraçadamente traduzida para Português como "Os malucos do circo"!

A frase não é minha nem do tomara-que-caia, mas sim um património da humanidade - pelo menos, da humanidade que a aprecie!

Galiza

Li hoje uma reportagem sobre as Rias Altas, na Galiza mais escondida, e confirmei as suspeitas que já tinha sobre o sítio: quando lá for, apaixono-me!

Vilamoura? Pobres de espírito...

Mais uma pequena vitória

A maior parte dos meus (sete) leitores deve-se rir disto, mas, para mim, cada etapa da criação deste blog deveria ser festejada com a abertura de uma garrafa de Möet et Chandon. Desta vez consegui incluir no blog um campo para respostas directas aos posts (no fim de cada post, para os distraídos), alimentado pelo site blogextra, a quem desde já peço desculpa por não o conseguir incluir numa lista de links aqui ao lado porque, simplesmente, (ainda) não a possuo. E não a possuo porque ainda não a sei fazer - mas lá havemos de chegar.

Agora, para quem ainda há quinze dias apenas sabia formatar um documento do Word, e essa era a sua maior façanha informática, admitam que não está nada mal...

Por isso, agora quero ver respostas aos posts, de preferência em tempo real; já tinha candidatos, lembram-se?

E, já agora, para as "admiradoras secretas" existe uma funcionalidade que permite que o post só seja lido por mim. É só, lá na janela, marcar a casinha "mark this feedback as private...".

Pensam em tudo, estes tipos!

2003/07/18

And now, for something completely different...

Deixemos então o tom supostamente culto (sim, porque, em boa verdade, não posso competir com quem, por "dá cá aquela palha", cita Wittgenstein e quejandos) deste blog, e voltemos a coisas mais prosaicas.

E com um lugar comum: como toda a gente, tenho perplexidades relativamente ao que se passa na cabecinha de alguns condutores - esses condutores, provavelmente, também não percebem bem o que pensam os outros, mas adiante!

Há um tique, preponderantemente urbano, que me irrita bestialmente: a mania de não fazer sinal de mudança de direcção - vulgo "pisca" - quando se muda efectivamente de direcção. Mas com esse ainda vou lidando, com base numa condução eminentemente defensiva e de "adivinhação".

O que me custa a perceber é o que pretende um fulano que, quando eu vou na auto-estrada a 120km/h (ou a 140, pronto; não sou multado aqui...) a ultrapassar uma viatura mais lenta, se coloca atrás de mim a fazer furiosos sinais de luzes. Aliás, muitas vezes já vem a fazer esses sinais de luzes quando ainda se encontra umas centenas de metros atrás.

O que esperarão essas tristes almas? Que eu aborte a minha ultrapassagem com uma travagem abrupta, e me desvie novamente para trás do putativo veículo a ultrapassar, de forma a não interromper a sua cavalgada feroz? Ou que eu ligue um escondido turbo do meu carro e, instantaneamente, passe de 120 para 220 km/h, de preferência lançando fulgurantes labaredas pelo escape? Talvez assim eles conseguissem manter alegremente o seu ponteiro nos 200, sem as impertinentes interferências da "gentinha" que, infelizmente, também tem direito a usar a estrada.

Bravos "pilotos de café"; com tanta pressa, esqueceram-se da inteligência e do civismo em casa - ou mais longe!

Qual praia, qual quê!

Não devem existir muitas coisas, para mim, que possam superar o prazer de uma manhã fresca, na esplanada do Café Fresco (na Zambujeira do Mar - há dez anos era um segredo bem guardado, mas agora, infelizmente, já não vale a pena...), com um livro, um galão daqueles cheios de espuma, o jazz em fundo e o mar em frente.

Obrigado!

Esta blogosfera é um espanto; então não é que ainda ontem enviei uns mails para a Ana e para a Charlotte, e já tenho respostas. A Ana postou um simpático texto de boas vindas, com link para aqui, e a Charlotte não postou (ainda), mas deu-se ao trabalho de me enviar um simpático mail a dizer que havia apreciado o meu blog.

Quanta gentileza; mas, Ana, não leve a mal eu ter dito que lhe faria um link. Talvez não devesse tê-lo dito da forma que fiz; dá a ideia de retribuição. Mas a verdade é que já há algum tempo ando a tentar colocar aqui no blog alguns links para outros blogs que acho interessantes (isso, e um livro de comentários), mas ainda não domino as funcionalidades da "coisa". Mas, quando conseguir "domar a besta", é óbvio que o seu link estará - por mérito próprio - entre os eleitos.

Ooooh!

Então não é que, depois de vos ter aconselhado a todos a ler as crónicas de sexta feira, no "Público", de João Bénard da Costa, ele hoje não escreve nada? Pelo menos no site não consta nada (não comprei o jornal em papel, porque à sexta sou "Independente-dependente" - engraçada, esta).

Depois de escrever o post de ontem, fiquei a pensar na personagem; sabemos que é um assumido apaixonado da Serra mãe, a que volta sempre, e foi lá que eu tive o grande privilégio de o conhecer - provavelmente ele já não se lembra de mim, mas eu lembro-me bem dele, o que não deixa de fazer sentido.

Era uma daquelas conferências de Verão, no convento (pode-se lá pensar em cenário mais idílico?), e o tema era "A arquitectura, a cidade e o cinema". O curso era comissariado por Bénard da Costa, e eram-nos prometidas as presenças de Almodôvar, Wenders, e Jim Jarmusch (se nunca viram, não percam "Noite na terra"). A babar-me, lá fui.

Os grandes nomes não apareceram. Minto; apareceu Bénard da Costa, maior do que todos eles. E agora, a minha noite de êxtase; num dos dias, era suposto ficar para jantar no convento (roam-se de inveja...), porque haveria projecção a seguir. E onde é que os meus amigos pensam que fiquei? Pois, os deuses mexeram uns "cordelinhos", e sentei-me em frente ao Mestre, himself.

Esmagado pela grandeza do homem, nunca consegui vencer a minha patológica timidez, mas ainda consegui arranjar coragem para lhe relembrar um nome que lhe escapava: então não é que ele não se lembrava que n'"A mulher do lado", de Truffaut, quem contracenava com Gérard Dépardieu era a bela Fanny Ardant?

Tive a gratificante surpresa de saber que um dos meus filmes preferidos, era também um dos filmes preferidos da maior sumidade do cinema em Portugal (ia dizer do mundo, mas depois soava demasiado a "lambe-botas").

Esta história não terá grande interesse para os leitores, presumo, mas são pequenas coisas destas que me vão alimentando o espírito e o ego.

2003/07/17

Como é que se faz?

Pareço um caloiro a tentar ser integrado numa turma de veteranos. Eu bem que gostava de ser lido, mas o site-meter, que instalei esta manhã, não mente: nove visitas, e dezanove page-views. Poucos, mas bons, é o que vale!

Assim, hoje resolvi perder a vergonha; dirigi-me directamente a dois dos blogs que eu costumo ler, e pedi-lhes que me visitassem. O negócio é simples: se gostarem, incluem o meu link nos seus blogs - se não gostarem, devolvo o dinheiro.

Mas, como eu gosto dos blogs delas, deixo já aqui, de borla, os seus links: a Ana Albergaria tem um blog de crónicas matinais, enquanto que a Charlotte se assume como uma bomba inteligente - e deve sê-lo, porque anda a ler o excelente "Como ser bom", de Nick Hornby.

Tudo "pessoal" do Pastilhas, o blog de Miguel Esteves Cardoso que, infelizmente, pouco frequentei. Talvez por isso me falte a pedalada...

Público

O "Público" é um jornal engraçado. Diga-se, em abono da verdade, que é o único jornal diário que eu vou conseguindo ler; é arrumadinho, e tenta ser objectivo quanto baste. É verdade que anda por ali uma "esquerdalha" que, sempre que há nova sessão do julgamento da Universidade Moderna, tenta enfiar o nome (e, se possível, uma foto) de Paulo Portas, mesmo que seja completamente descontextualizado e "a martelo". Saem notícias quase deste género: "hoje, em mais uma sessão do julgamento da Moderna, depôs a D. Palmira, que é prima duma pessoa que é casada com um antigo aluno da Moderna, que teve uma intoxicação alimentar na cantina universitária, no tempo em que Paulo Portas geria a Amostra" (não será assim, mas não anda longe). Se se trata de um processo com tantas testemunhas (qualidade em que Paulo Portas tem participado, strictu sense), porque é que não citam todas elas de cada vez que falam no assunto?

Bom, mas "guerrinhas" à parte, refira-se que o "Público" tem muitos colunistas - bons e maus. E outros que nuns dias são bons, e noutros maus, como Miguel Sousa Tavares que, quando fala das proibições de fumar ou do "fêquêpê", perde a noção do razoável.

Não vou mencionar os maus, porque esses lêem-se uma vez e chega (aliás, nem me lembro do nome deles, mas há um articulista que me parece careca, de óculos - é assim a imagem que o "Público" apresenta dele - cuja coluna é simplesmente execrável). Mas há outros muito bons: estou-me a lembrar de Joaquim Fidalgo, Ana Sá Lopes (que, um pouco como Sousa Tavares, alterna o muito bom, com o... sofrível), e, principalmente, do extraordinário João Bénard da Costa que nos faz sonhar quando o lemos - se puderem, não percam a sua coluna à sexta feira.

Mas o "Público" tem mais motivos de interesse; agora oferece, entre outras coisas interessantes, uma colecção de DVDs, que saem à quinta feira com o jornal, por uma quantia a mais de que agora não me recordo. Já tinha saído uma primeira série, mas desses poucos comprei, já que tinha muita "americanice" pelo meio - salvou-se o "Pulp Fiction", o "Fargo", e pouco mais. Mas, nesta segunda série, são todos, todos, bons!

Há umas semanas saiu "Que fiz eu para merecer isto", um dos mais desconhecidos filmes de Pedro Almodôvar mas, para mim, o melhor - e olhem que eu sou um fã de Almodôvar. E hoje, la cérise sur le gâteau, sai-me o incontornável "Paris, Texas" de Wim Wenders, com aquela guitarra maravilhosa de Ry Cooder, e Nastassja Kinski ainda novinha.

Para quem já viu, não deve ser preciso dizer mais nada; para quem não viu, despachem-se. O quiosque daqui a pouco fecha.

Ainda aí estão?

Orgulho

Já viram bem o fundo deste blog? Não? Então vão lá abaixo, e depois voltem aqui.

Já viram agora? Pois é, já consegui arranjar um contador de visitas. E tudo sozinho, sem ajudas. Nada mau, têm que admitir, para quem, há dois dias atrás, não sabia o que era o HTML code (e ainda não sei bem, mas isso fica para outra ocasião).

Estou impante de orgulho.

Agora vamos lá a visitar a página, para aqueles númerozinhos dispararem!

Insisto!

Para os poucos que aqui vierem: se gostarem digam qualquer coisa e, principalmente, divulguem. Foi fácil criar isto mas, como dizia há dias o meu amigo Vasco, o difícil é dinamizá-lo.

Agora vou trabalhar.

Estes tipos são engraçados!

Começo por pedir desculpa aos meus leitores por algum desfazamento com a actualidade que se possa notar nos meus posts recentes, mas, como o blog é recém-nascido, e há alguns assuntos ligeiramente anteriores ao seu surgimento que eu gostaria de comentar, conto com a compreensão de todos - que, infelizmente, ainda não devem ser muitos; poucos mas bons!

E serve este post para deixar uma questão retórica muito simples: se foram precisos trinta deputados - trinta! - para representar condignamente a Assembleia da República num jogo de futebol em Sevilha (que saudades de Sevilha, das tardes de touros na Real Maestranza e das cañas em Triana ao fim da tarde), quantos não teriam sido para representar o mesmo organismo nos Campeonatos de Atletismo para deficientes, nos quais os nossos representantes tiveram mais uma brilhante participação?

Fossem todos como eu, e os estádios de futebol tinham que fechar por falta de clientes, e nenhum jogador ganharia mais de duzentos contos!

Posso dizer a frase?

Sem dedicatória especial, apetecia-me ouvir "There is a light that never goes out", dos Smiths.

Já agora, por falar em música, alguém sabe se a vocalista dos Mazzy Star é a mesma dos Jesus and Mary Chain? Pareceu-me ouvir isso, ontem, na Radar, e as vozes são muito parecidas.

Ok, já percebi!

No further questions!

Experiência

Vamos lá a ver; se eu quiser fazer um link, por exemplo ao blog do jornalista e poeta Pedro Mexia, isso pode ser feito assim?

2003/07/16

Uma dica

Agora uma dica de leitura, para o público em geral, mas com uma dedicatória muito especial à Ana Carla:

Se apreciam o estilo hiper-realista, com um humor mais que ácido, e um toque de fantástico, não percam "O melhor que pode acontecer a um croissant", do espanhol Pablo Tusset. Tem quase quatrocentas páginas, e eu li-o em menos de uma semana. É preciso dizer mais alguma coisa?

Azelhices

Afinal ainda não domino bem as funcionalidades destas coisas; então não é que, querendo corrigir um post de ontem que tinha uma gralha, fi-lo desaparecer? Já procurei em todo o lado, até debaixo do computador, e nada. Está num limbo.

Mas eu lembro-me mais ou menos do que dizia; que tinha acabado há pouco de ler "A festa do chibo", de Mario Vargas Llosa, e que ainda não tinha recuperado o meu ritmo cardíaco normal. Congratulava-me ainda por ele não ter sido eleito Presidente do Peru, há uns anos, porque, se o tivesse sido, teria decerto menos tempo para nos escrever estas maravilhas!

Não quero que os meus leitores percam informação.

Ralis

Gosto muito de Ralis. Para quem não conhece, explico que são corridas de automóveis, disputadas nas estradas normais - e não em pista - que se encontram, naturalmente fechadas para o efeito. Nestas provas os participantes não competem directamente uns com os outros, mas com o cronómetro. Grosso modo, quem fizer menos tempo, ganha!

De acrescentar que em cada carro vão duas pessoas: o piloto, que "pilota", e o navegador, que não "navega" lá grande coisa, mas dá as indicações sobre a sinuosidade da estrada, para que mais rápido o piloto possa ser.

Como se pode calcular pela natureza da coisa, é uma actividade dispendiosa; tanto que, até hoje, nunca tive possibilidades de participar num, a conduzir.

Mas, há uma nuance; os navegadores, normalmente, não pagam nada, e alguns até são pagos para correr. Estão a pensar o mesmo que eu? Claro! Em 1987 arranjei um piloto e, daí para cá, tenho feito Ralis sem pagar um tostão, com toda a gente que se dispõe a levar-me ao lado.

Modéstia à parte, não é uma função despicienda; muitas vezes vai-se depressa (algumas até demasiado depressa), mas o navegador experimentado tem que manter a calma para, enquanto a paisagem desfila, manter o olhar nas notas de andamento, por forma a optimizar o rendimento da equipa. É daquelas coisas que não dá para descrever - só experimentando! (pois, exactamente como isso que pensaram!)

Porque é que me deu para falar disto hoje? Porque nós, o grupo de "alienados" que gostamos de fazer Ralis, não pensamos bem nos perigos que corremos; e só caímos na realidade quando ouvimos notícias como a de há umas semanas - "morreu Loris Roggia, cinquenta anos, pai de três filhos, navegador de Andrea Aghini, quando o carro que tripulavam se despistou, durante a disputa do Rali Salento, em Itália" - ou a de domingo: "morreram Mark Lovell e Roger Freeman quando o Subaru que tripulavam chocou com uma árvore, durante a disputa de um Rali no Oregon, Estados Unidos".

Mark Lovell era daqueles nomes que, para quem anda "nisto" há muito tempo, não pode deixar de ser familiar; na década de oitenta, chegou a ser Campeão de Inglaterra, mas actualmente tinha uma "reforma dourada" nos Estados Unidos, onde a modalidade ainda não está muito implantada, e ele "aviava" facilmente os azelhas yankees.

A morte assusta-me; pensar em pessoas, mesmo que não as conheça, que há bocado estavam vivas e agora não. Eu posso muito bem estar aqui a escrever e de repente cair morto (cruzes, canhoto).

Então, porque é que faço Ralis? Não sei, e o mais estúpido é que não quero nem ouvir falar em deixar de os fazer.

Não há pachorra!

Depois do período "Calimero" do Eng.º Guterres, e depois de Ferro Rodrigues "y sus muchachos" terem proferido - a propósito da prisão do seu "moço de estoques" (a propósito, um dia destes hei-de falar de touradas) Paulo Pedroso - graves acusações de manipulação da justiça, das quais se inferiria que os tribunais, em sua opinião, seriam ingénuos ou cúmplices, sendo que qualquer uma das hipóteses seria grave, depois de tudo isso, dizia, só nos faltava a Sr.ª Maria Barroso a dizer que existe uma qualquer conspiração contra a família Soares, com vista à sua eliminação (em sentido figurado, admitamos).

Mas estes socialistas não se fartam desta mania da perseguição?

Imagino Ferro Rodrigues, a pedir à mulher que não apague a luz à noite, por medo dos monstros que estão debaixo da cama (agora lembrei-me - não sei bem porquê - de que ainda não li o "Calvin & Hobbs" de hoje).
Que patética, esta família Soares; o pai não consegue conviver com a idade, e passa o tempo a "bicar" o próprio partido. O filho - um pouco como o pai - está permanentemente em bicos de pés, seja para candidato à Câmara, à Presidência da República, a deputado europeu, a líder do seu partido (onde já muitos não o podem nem ver), ou a qualquer outra coisa que lhe dê visibilidade.

E agora, só nos faltava a mãe, a assumir-se como candidata a um lugar de nomeação política, para o qual não haveria, naturalmente, eleições, e para o qual não era, de todo, desejada. E a fazer birra por não lhe terem feito a vontade.

Haja vergonha!

Primeiro "Correio dos Leitores"

A minha amiga Marisa leu o blog - pelos vistos com atenção - e diz-me que, pelo que nele está escrito de exposição pessoal, acha que eu devo ser do signo Caranguejo. Pois é, Marisa, posso-te garantir que não sou Caranguejo; não te posso é, infelizmente, dizer de que signo sou.

Não é que eu acredite muito nessas coisas, mas, que diabo! Toda a gente tem um signo, é uma coisa em que fica sempre bem falar quando a conversa está a morrer, e só eu não tenho nenhum!

Quero dizer, devo ter algum; só que não sei qual. Nasci no dia 23 de Outubro, de há muitos (mais do que eu gostaria) anos atrás. Quando, por curiosidade, vou ver numa qualquer revista a que signo pertenço, o meu dia de aniversário ora pertence a Balança, ora pertence a Escorpião, numa proporção probabilística de, aproximadamente, 50/50.

Conheço, pelo menos, mais duas pessoa que fazem anos no mesmo dia, e ambas comungam desta crise de identidade. Será que não existo? E será que, ao não ser caranguejo e ser como sou, serei desculpável?
Se ajudar alguma coisa, sempre posso dizer que nasci por volta das catorze (e não "quatorze", como escreve várias vezes Miguel Sousa Tavares no seu novo best-seller, "Equador") horas.

Mas, para que este seja um "Correio dos Leitores" justo, não me posso esquecer de ninguém; mandaram-me mensagens de incentivo, para além da já citada Marisa, o meu amigo Zé Eduardo (um grande abraço), bem como as minhas amigas Ana Carla e Xana (um beijinho grande para ambas - pensando melhor, um beijinho grande para cada uma!).

Era fatal!

Depois de uma série de dias a "meio-gás", hoje o trabalho apareceu e, pelos vistos, com efeitos retroactivos. Estou "até às orelhas" com papeis aqui na secretária - tantos, que mal sei onde fica o teclado ou o rato.

Mas tinha uma obrigação a cumprir: tinha que vir aqui, desse lá por onde desse, avisar toda a gente de que já tenho "fregueses".

É verdade; o "Serra-mãe" começa a mexer-se. Alguns leitores - os primeiros - já me enviaram mails de apoio e incentivo. Como são simpáticos e educados, nenhum disse mal do blog, e eu, como sou vaidoso e o meu ego assim mo pede, quero acreditar que eles estão a falar verdade.

Que todos eles sejam meus amigos, e que só tenham cá vindo porque eu lhes mandei um mail a dar conta da existência deste blog, não me parece um factor relevante para o assunto. O que interessa é que (dizem que) gostaram, e que, por isso (e por mais algumas coisas), são os melhores amigos do mundo!

2003/07/15

"Spanish bombs"

Hoje ouvi de novo na rádio esta canção; é triste pensar que, há tão pouco tempo, sabia o "London calling" de cor e salteado, e agora, o Joe Strummer está morto. Não é só triste por ele - é triste por mim, saber que tudo passou tão depressa.

Mas ainda tenho o "London calling", versão vinyl (não tenho é prato para o tocar; será que não há uma versão em CD?).

Aos amigos que possam aparecer:

Não sei se estão familiarizados com a leitura de um blog, mas há uma coisa fundamental para a sua boa compreensão: os posts vão sendo colocados de cima para baixo, por ordem cronológica. Quer dizer que este é o mais recente, até agora, e o lá do fundo o mais antigo.

Se gostarem, divulguem; mais de metade da piada que retiro da escrita é o feed-back que posso ter por parte dos outros.

À espera...

Sabem aquele cliché do jovem formado, que monta o seu consultório e passa o dia a olhar para a porta e para o telefone, a ver quando lhe aparece o primeiro cliente? É como eu me sinto agora, à espera que alguém visite este blog (ou será "blogue"?).

A propósito

Ainda a propósito do post anterior, lembro o grande Saint-Exupéry: on ne voit bien qu'avec le coeur!

Sou gordo!

Sou gordo, é verdade!

Podia usar um eufemismo, como "sou forte", ou até um mais atraente "sou bem constituído", mas não! Quero ser prosaico: sou gordo e acabou - ou melhor, começou. Não tenho nenhum especial gosto, nem sequer orgulho, em ser obeso; mais, acreditem ou não, não faço tanto para o ser como uma rápida olhadela ao meu perfil poderia fazer supôr. Mas sou e, tal como a maioria dos gordos, gostaria de ser mais magro.

Um médico já me diagnosticou uma patologia, qualquer coisa ligada à tiróide, que me faz engordar mais, comendo o mesmo que o tipo do lado.

Habituei-me a viver com isto - mas, com o que eu não me habituo a viver, é com a falta de educação e sensibilidade das pessoas. Qualquer caramelo que não me veja há mais de um mês gosta de chegar ao pé de mim e dizer com ar preocupado: "é pá, tens que fazer uma dieta". Ou então, quando não o dizem, passam o tempo com o olhar a viajar entre a minha cara e a minha massa abdominal.

Acharão estes parvos que isto é educado? Não sei, mas vou começar a cumprimentar as pessoas que conheço com um simpático "estás mais careca", ou um "tens mais rugas", ou ainda - porque não? - um realista "estás mais parvo, ou é só impressão minha?".

Legendas

Onde será que eles arranjam os tipos que escrevem as legendas que passam em rodapé, nos noticiários da televisão?

Deve ser difícil arranjar quem escreva tão mal, pelo que, quem selecciona essas pessoas, tem que ter mérito.

Dúvida

Será que alguém lê isto?

Morar na cidade?

Sempre me fez confusão a fobia que algumas pessoas têm por morar perto "de tudo"!

Há dias ouvia dois amigos meus, que não se viam há muito, a falar. Um perguntava ao outro onde morava agora, e o segundo respondia que morava em tal sítio, que era muito bom, pois descia-se à rua e, logo ali, havia o Banco X, o Supermercado Y, a auto-estrada passava nas traseiras; Enquanto isso, o primeiro ia corroborando, acenando afirmativamente. Mas que mundo é este?

Porque é que toda a gente só está bem no meio da confusão? Ainda hoje fico aterrado, quando penso no que iria na cabecinha de um milhão de almas, que se "ensanduicharam" durante uma noite inteira - a última - na Expo 98. E a fazer o quê? Nada, era só para estar lá no meio.

Outra história: um outro amigo meu tinha uma casa para vender, um andar num sítio espectacular, entre pinheiros, mas relativamente perto da civilização. Um dia apareceu-lhe lá alguém que gostou do andar; só que, no entender dessa pessoa, o mesmo tinha um defeito. Ficava numa zona demasiado calma, e ele acabou por escolher um outro, sito num local em que, segundo as suas palavras, "bastava atravessar a rua e estamos no hipermercado".

Não consigo perceber isto; será preferível morar num "alvéolo" do Parque Expo, só porque é lá que está "quem é quem", em vez de procurar o campo e o sossego?

No outro dia, dizia-me alguém que não conseguia sobreviver sem sentir o "bulício" da cidade; eu, quando vou à cidade, fico "buliçoso"!

Serei eu um doente rústico? Só sei que, se me oferecessem uma casa em Lisboa, apenas lá iria para colocar um letreiro a dizer "vende-se".

2003/07/14

Bom, vou dormir.

Só mais uma coisa: se alguém me quiser ajudar, e enquanto eu não descubro mais funcionalidades desta coisa, desde já aqui fica o meu encarecido agradecimento. No post anterior pensei que tinha publicado um link com o meu endereço de e-mail, mas não saiu nada. Por isso, desde já agradeço penhoradamente todas as ajudas que puderem vir a ser enviadas para serra-mae@iol.pt.

Amanhã volto à carga (desta vez é que é).

Estamos a fazer progressos!

Bom, então é assim: gostava agora de pedir ajuda às almas perdidas que vierem aqui parar, e que, por obséquio, disponham da paciência para me encaminharem. O que eu quero saber é o seguinte: sem pagar, como é que eu posso ter um contador de visitas e um livro de comentários?

Atenção, que as respostas deverão ser dadas em português, e não em "informatiquês" e, de preferência para aqui.

Será pedir demasiado?

Depois eu falo mais sobre mim, e sobre os temas que nos trazem a todos preocupados. Descansem que também me apetece desancar no Expresso, nos taxistas (principalmente nos criminosos do aeroporto), e em toda a panóplia "da moda". Só não contem comigo para falar de futebol; apenas aprecio o meu Vitória de Setúbal que, infelizmente, até anda bem na mó de baixo, mas nem sei o nome de um jogador sequer, acreditem ou não!

A ver se é desta...

Bom, este parto tem estado difícil, mas parece-me que, finalmente, vamos no bom caminho; mas ainda me faltam muitas coisas. Como é que eu faço para ler os (hipotéticos) comentários aos meus posts? E para saber quantas pessoas me viram?
Não liguem; afinal isto até nem é difícil. O difícil vai ser - prevejo-o - alimentar esta "criança".
Boa! Ainda agora comecei, e já não percebo nada disto; porque é que o raio das letras de "emoção" sairam trocadas?

E, se alguém me quiser postar comentários, ou até enviar-me e-mails, como é que faz? E como é que eu faço para os ler, ou até para saber que os recebi?

Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?
O meu primeiro post num blog, a sério; ainda nem sei se vai aparecer alguma coisa mas, mesmo assim, tremo ao bater estas teclas...

Cuidem-se Possidónios, Mexias, MECs, Pachecos, e até Pipis; este blog não é pera doce.

Mas, antes de se cuidarem, dêem-me uma dica: como é que vocês fazem para manterem os blogs sempre tão actualizados, e sempre com imaginação para novos temas?

Vê-se bem que não devem ter muito que fazer durante o dia; pois eu tenho!

Mas não será por isso que hei-de deixar de "blogar" (isto existe?) aqui, ainda que não com a vossa irritante pontualidade.

Cultura? Lamento, mas sou um genuíno produto do povo, com um ligeiro laivo alternativo - ontem vi "O gosto dos outros", e no carro ando a ouvir Mew, alternando com Beth Gibbons, de que nunca me canso.

Leio o razoável, e agora ando a ler "A família Trago", do cabo-verdiano Germano Almeida. E gosto - digo-o sem complexos, como também assumo que já li um livro de Margarida Rebelo Pinto, e chegou.

Gostos? detesto futebol (olha outro subversivo), e adoro automóveis, principalmente de Ralis e antigos.

O que mais hei-de dizer?

A ver se volto amanhã.