2005/01/08

Como criar o blog mais visitado da blogosfera nacional:

Fazer uns copy pastes de algumas coisas mais ou menos crípticas e, principalmente, desconhecidas, polvilhar com uns quadros e fotos de vez em quando, usar sem parcimónia toda a correspondência de leitores recebida e, muito raramente, escrever algo de original.

Mas não é só "palha", convenhamos; foi através do Abrupto que descobri esta coisa da Geoloc que, para já, me está a deixar entusiasmado.

2005/01/06

Futurologia

O país depois de 20 de Fevereiro:

Depois de uma campanha sinuosa, em que a frase mais ouvida será "eu nunca disse isso", o PS ganhará finalmente as eleições, mais por demérito do adversário do que por mérito próprio. Sócrates assumirá então o cobiçado lugar de Primeiro Ministro, mas o facto de apenas dispor de uma maioria relativa não o deixará instalar todos os boys necessários para um bom controle do aparelho. Desorientado, abandonará o cargo (muito) antes do fim do mandato, deixando-nos como mensagem "eu não sei andar nisto!".

Canibalizado por dentro, o PSD lutará até ao fim, mas não será suficiente, mesmo tendo em conta a debilidade intelectual do principal adversário. Santana Lopes apresentará a demissão de líder do partido, ainda nessa noite, e deixará aos ressabiados que minaram o seu trabalho a responsabilidade de fazer melhor. No entanto, os Pachecos, Marcelos e Cavacos do PSD ainda demorarão a perceber que existe vida para além do seu umbigo, pelo que se seguem tempos difíceis para o partido. Triste, muito triste...

O CDS prosseguirá tranquilamente o seu caminho, mostrando ao país que é o único partido com um projecto coerente e estruturado para o poder. Depois de uma campanha em que vai tirar dividendos óbvios do excelente trabalho efectuado pelos seus ministros, obterá um resultado histórico, ultrapassando os 10%, e provavelmente chegando aos 20 deputados (não obstante, as sondagens dar-lhe-ão sempre cerca de 3 a 4%, como de costume). Mas, mais importante do que isso, o partido assumir-se-á finalmente como uma opção credível para disputar a vitória em eleições legislativas num futuro talvez não tão longínquo como alguns pensam.

Aproveitando da melhor forma a desilusão e o marasmo que grassam no país, o BE voltará ao seu discurso demagógico, inconsistente e inconsequente. No entanto, a sua atitude trauliteira granjeia-lhe cada vez mais adeptos entre o povo português (vide comportamento dos nossos automobilistas), pelo que não será de admirar se conseguirem chegar aos 4 tachos - digo, deputados.

Tendo que descontar do seu eleitorado cativo as pessoas já falecidas, a CDU deverá quedar-se pelos 5 deputados, ou menos. No entanto, todos estamos ansiosos por ouvir Jerónimo de Sousa na Assembleia, e - porque não? - vê-lo ensaiar alguns passos de dança.

Manuel Monteiro tem fortes possibilidades de se tornar o líder político mais popular no seu prédio.

Depois conversamos.

2005/01/05

Aprendam:

Quem se mexe muito fica sempre mal na fotografia!

2005/01/04

Derivas e derrapagens

Segundo tenho ouvido, existem telenovelas cujos primeiros episódios começam a ser exibidos sem que o final da série esteja ainda pronto, ou sequer programado; destina-se este procedimento a, através de sondagens de opinião, ir aferindo o grau de receptividade que o enredo está a ter junto do público e, caso seja necessário, alterar o rumo dos acontecimentos por forma a agradar a esse mesmo público. É assim possível que uma personagem que teve um sério acidente e se encontra em coma há uns meses - à espera dos resultados da tal sondagem - ressuscite ao fim de alguns episódios para vir a casar com a heroína (essa ou a outra).

Ora, o comportamento da liderança do Partido Socialista, nestes dias que antecedem uma campanha que se quer esclarecedora, têm-me feito lembrar essa forma de seguir, "ao sabor das ondas".

Primeiro, Sócrates lembrou-se de desenterrar o fantasma da co-incineração, pela qual se bateu para lá do razoável enquanto Ministro do Ambiente, e prometeu retomar o processo; contudo, várias entidades, entre as quais as "chatas" das populações dos sítios então designados para a instalação dos aparatos, vieram desde logo a terreiro lembrar-lhe que a coisa não é assim tão pacífica (a propósito, um destes dia ainda hei-de comentar aqui aquilo que considero ser uma negociata escandalosa para viabilizar por mais uns anitos o cancro que constitui a fábrica da Secil no Outão, no meio da Serra da Arrábida). Bom, confrontado então com esta falta de entusiasmo, logo o putativo Primeiro Ministro se apressou a esclarecer que afinal não era bem assim, que se iriam estudar as várias opções, patati, patatá.

Ontem, foi um porta-voz dos socialistas, cujo nome agora me escapa, que considerou como plausível o aumento da taxa do I.V.A. para os 20%, como forma de amealhar receita para a reposição dos benefícios fiscais aos Planos Poupança-Reforma. Em pânico, pelas consequências que um anúncio destes poderia trazer em termos eleitorais, lá veio hoje novamente Sócrates (não há lá mais ninguém?) dizer que era uma falsidade, que ninguém tinha afirmado isso, e o arrrazoado do costume.

Se isto é assim e ainda não chegaram ao Governo, Deus nos livre de os ver lá. É que o último deles que por lá andou também era especialista em zigue-zagues e recuos - e deixou o País como se sabe!

2005/01/03

Comentário mais snob (até agora) de 2005


Não se consegue comprar nada decente nesta terra; levem-me a Londres urgentemente, por favor!

2005/01/02

Ano velho, ano novo

Bom, este já passou; o que é que se segue?